quarta-feira, 30 de abril de 2014

Hoje é dia de cabelo...





Acho que de forma a compensar a treta de pele e, (o facto de ser pitosga), que me saiu na rifa da genética, nasci com bom cabelo. É forte, grosso, liso e de um castanho natural que sempre gostei - uma espécie de mistura de fios de vários tons e luminosidades.


Se lhe tivesse que apontar um defeito, seria o facto de me ter aparecido o primeiro branco para aí com nove anos de idade.


Pinto-o só muito de vez em quando, por vários motivos: nunca encontrei uma tinta cujo resultado me agradasse tanto quanto a minha cor natural, não me envergonho dos meus brancos e por isso só o pinto quando me apetece uma mudança, não gosto de abusar de produtos químicos, não tenho pachorra nem feitio para idas frequentes ao cabeleireiro...


Quanto ao corte, o mais radical que fiz nos últimos anos foi tê-lo pelo queixo, numa espécie de bob.
O usual é ter o cabelo longo, ou muito longo (já chegou a meio das costas), e acabar por usá-lo, invariavelmente, preso num rabo de cavalo - por hábito, porque é prático, porque gosto de me ver e porque odeio a sensação de cabelo na cara.


O tal "bob" era a tentativa de me preparar para um penteado curto, o tal chamado de pixie. Ando há pensar nisto há uma vida!

Hoje tenho hora marcada no cabeleireiro, mas pela minha expressão (se a pudessem ver, claro está) mais se diria que tenho marcação é no dentista.


Talvez entendam melhor a minha atitude se vos contar que esse corte de cabelo aos 17 anos surgiu por necessidade. Uma das muitas profissionais capilares lá da aldeia onde cresci, fez-me uma pelada e calou-se caladinha. Lembro-me de achar estranha a quantidade de laca (não uso disso), e o passar do espelho (aquele que nos permite ver a nuca) numa manobra demasiado rápida.
Só ao chegar a casa é que a minha mãe, ao querer ver o meu novo corte, deu conta. E lá fomos nós de urgência para a Lúcia Piloto.


Foi um pixie bem caro!




Adiante, tivesse sido ontem, mal me deu as ganas de ir tratar do cabelo, teria sido bem mais fácil, possíveis arrependimentos à parte.


Mas como era preciso hora marcada, lá se foi a coragem que se tem quando se faz algo por impulso.


Acho que ainda não é desta. Fico-me pelo básico e olha lá!


O corte em si não é o problema, é a execução que me aflige: ainda não encontrei uma cabeleireira em quem consiga confiar plenamente. E quando decido arriscar, normalmente arrependo-me, portanto evito pedir algo complicado.
O que dá origem a um ciclo vicioso: não se pede mais do que o básico ao profissional por se duvidar das suas competências, logo o profissional também não adquire mais competências porque ninguém lhe pede mais do que o básico. Provavelmente nem pondera aumentar as suas qualificações através de formação: para quê se a sua vida profissional não passa daquilo?

Mas também quem é quer ser boneco de testes?!


Não é que tenha mais histórias de peladas, (se bem que já me cortaram uma orelha), mas sempre achei que, em especial as mulheres são exploradas pelos cabeleireiros, pagam fortunas, e a qualidade da execução fica normalmente aquém.




Já corri muitos salões e a conclusão que chego, é que continuarei a ir ao cabeleireiro pontualmente.
O dinheiro, esse, confesso que me dá muito maior satisfação gastá-lo num par de idas a um bom restaurante, do que num salão. Vá-se lá entender, gostos!

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