terça-feira, 30 de junho de 2015

Vida de cão #24: a higiene da casa com cães



A higiene e limpeza de qualquer espaço é sempre fundamental para a saúde, o conforto e o bem-estar de quem o utiliza. Com a presença de animais de estimação esses cuidados devem ser redobrados, especialmente quando partilhamos com estes o nosso espaço.

Basicamente esta questão divide-se em três partes: a queda de pêlo, as necessidades fisiológicas e os parasitas.

Quanto à queda de pêlo nada como o uso frequente do bom velho aspirador. A quantidade de pêlo que cai depende da raça de cão, da estação do ano entre outros factores. Independentemente destes o que ajuda a minimizar a queda é dar ao animal uma boa alimentação e escová-lo frequentemente.
O Kiko é escovado uma vez por semana com o Furminator, que recomendo porque embora nunca tenha largado muito pêlo, em todas as escovagens sai uma quantidade equivalente a uma bola de ténis.

Para quem não conhece, fica aqui um vídeo. Não é barato mas é eficaz. Também há que ter algum cuidado, porque se algum dente se partir, o produto deixa de ter utilidade.
E não, o Kiko não fica imóvel e nem se deixa manusear pacificamente como o cão do vídeo.




Quanto às necessidades fisiológicas, quando o cão faz algo em casa, automaticamente o instinto é pegar no balde, na esfregona e num bom detergente que dê cabo de toda a sujidade e dos odores. A questão é que os produtos de limpeza tradicionais, em especial a lixívia, são altamente tóxicos para os cães. A ingestão destes causa envenenamento, o contacto assíduo pode causar irritações de pele, dos olhos, etc.
Embora não tenha abolido totalmente o uso de lixivias nem de outros produtos de limpeza, aderi também aos chamados produtos de limpeza enzimáticos. Como o nome indica estes produtos são compostos por microorganismos que decompõem as moléculas de urina e fezes, sendo os únicos a destrui-las não deixando qualquer vestígio ou odor, mesmo a nível do olfacto dos cães.
Existem com e sem fragância e consegui adquiri-los em lojas, físicas e online, de produtos para animais.

Por fim, falemos dos cuidados com os diversos parasitas, como as pulgas, carraças e outros bichos "simpáticos" desta categoria.
Defendo que o primeiro passo, na protecção do animal, da casa e da saúde de todos que com ele coabitam é a desparasitação interna e externa, para além de todo o programa de vacinação que o veterinário aconselhe.
A interna é realizada geralmente em consulta veterinária. A externa cabe aos donos efectuá-la, através da administração de uma pipeta todos os meses, ou a cada 3 semanas durante o Verão, período em que as carraças e pulgas são mais abundantes e andam mais activas. Existem outros métodos para além da pipeta, mas esta é a nossa escolha.
Mesmo assim parece inevitável que, volta e meia, umas quantas carraças apanhem boleia até casa, especialmente em zonas como as patas ou a barriga.
É essencial que se examine o animal após cada passeio.
Nota-se o poder das pipetas no facto que as carraças morrem logo ou ficam inertes, tornando muito mais fácil retirá-las, embora deva ser sempre feito com os cuidados devidos.

Para limpar e desinfectar toda a casa da presença de quaisquer parasitas usamos dois produtos: um detergente insecticida para o chão que mata e repele tudo desde formigas, aranhas, pulgas, carraças, etc, e um spray desparasitante para o habitat que pode ser pulverizado em todas as superfícies como tapetes, sofás, zonas de descanso.


Acredito que o nosso método tem-nos servido bem: a casa cheira bem e nunca encontrámos nenhum parasita a deambular por aí, o que é essencial ao nosso bem-estar especialmente quando, por vivermos em apartamento, não existem zonas exclusivas para humanos e não humanos.



sexta-feira, 26 de junho de 2015

vida de cão #23: Antropoformização involuntária pt. 1




- "Vá Kiko, não te armes em esquisito. Come tudo!
Sabes quantos animais andam por esse mundo a passar fome?!"



terça-feira, 16 de junho de 2015

Vida de cão #22: A questão da sociabilização, ou entre o 8 e o 80.



No que toca ao Kiko, eu e o marido possuimos valências bem diferentes que, por sorte, se complementam.

Especificamente no que toca à sociabilização continuo sem à-vontade para deixar o Kiko interagir com outros cães, pelo menos quando sou eu a sair com ele.
O que mudou desde os últimos meses é que aceitei, por fim, essa minha falta de descontração e apetência. A partir do momento em que me aceitei como sou saiu-me um fardo das costas!

Quando sou eu a passear o Kiko nunca lhe tiro a trela e normalmente evito a aproximação com outros cães, mesmo no caso em que os conheço e aos donos. Existem algumas excepções, momentos raros, que ocorrem geralmente quando estamos perante um animal e dono que sei serem extremamente equilibrados, ou perante cães tão pequenos quanto o nosso. E mesmo assim nunca deixo que se estiquem muito!

Prefiro atravessar a estrada ou mudar de trajecto se vejo um outro cão a vir em nossa direcção. Se porventura tenho que passar pelo mesmo local solto um cumprimento seguido de um sonoro "segure o seu cão que eu vou passar!".
Aos cães que aparecem sozinhos já ganhei o reflexo de me meter entre eles e o Kiko. Enxoto-os e continuamos caminho.

Acredito que algumas pessoas devam ficar confusas, pelo menos no início, pois por vezes tratam-se de cães que já brincaram com o Kiko, estando este na companhia do meu marido, ou que já levaram festas minhas, estando eu sozinha. A essas explico que brincadeiras com outros cães é departamento do marido, que eu cá fico nervosa com essas coisas, e pouco há mais contraproducente que permitir interacção entre animais nesse estado.
A maioria das pessoas respeita e, gera-se até uma rotina muito engraçada entre quem partilha os mesmos trajectos e horários para passear: cumprimentamo-nos, sorrimos, trocamos um dedo de conversa mas, à distância, pois há sempre um de nós que atravessa para o outro lado quando a aproximação está iminente.
Também há aquelas pessoas que tentam forçar a interacção custe o que custar. Que aos meus "não leve a mal, mas hoje não há brincadeira, pode ser?", insistem e voltam a insistir, não me restando outra alternativa senão engrossar a voz e soltar um ríspido "já disse que não quero e acabou."

O meu ponto forte é deixar o Kiko interagir com pessoas. O que não deixa de ser uma espécie de batota, porque este puto parece ter nascido com o dom de gostar de pessoas de todas as idades e isso dá-me um prazer descomunal. Já que ele gosta de toda a gente e quer cumprimentar toda a pessoa com que se cruza, o meu desafio consiste sobretudo em estar atenta às suas vontades e reacções, para garantir que não nos impomos a quem não esteja disposto a aturar-nos.

Em relação ao meu marido, aprecio que ele seja diferente de mim, embora ainda fique muitas vezes com o coração prestes a saltar boca fora. Sobretudo confio nele. Reconheço que, embora me deixe stressada, tudo o ele faz com o Kiko é um risco controlado e agradeço que não seja totalmente impermeável aos meus pedidos para não me dar cabo dos nervos. Da mesma forma que eu, em boa reciprocidade, tento ser mais descontraída e tolerante, sem no entanto não deixar de lhe lembrar que, se acontecer alguma coisa vai haver sermão e missa cantada pelo menos durante os próximos vinte anos.

Leia-se que eu ser descontraída nestes cenários passa geralmente por me afastar, ignorá-los, recolher-me mentalmente e fingir que estou algures nas Bahamas, o que já requer um esforço do caraças da minha parte. No entanto admito que até existem algumas destas sessões de sociabilização canina em que me mantenho serena e até me divirto imenso. Não sei explicar nem precisar exactamente porquê, se há dias em que acordo virada para um determinado lado, se sinto uma energia diferente por parte dos donos e dos seus animais. Não sei mesmo.

Só sei que entre as nossas diferenças encontramos toda uma zona intermédia, um patamar comum em que o Kiko vive, brinca, sociabiliza, aprende e cresce num ambiente que lhe acreditamos ser favorável.




 
 
 






 
 
 
 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

cromices #81: Afinal as Finanças não nos conhecem assim tão bem...



Abro a minha caixa de correio. Dou com um mail da Autoridade Tributária e Aduaneira. Solto um "Oi?! Elá, o que é isto?!".  Estes tipos mexem sempre connosco: sabemos que está tudo bem, mas qualquer coisa com aquele remetente tem o poder de nos fazer duvidar de nós próprios.

Abro o mail. Fala-me de sorteios e de Audis.
Sorrio. O Big Brother não me conhece, porque se me conhecesse saberia que um automóvel não é cenoura que faça andar esta burra.








coisas que gosto #22: "Mexa-se na Marginal"


Ontem, 10 de Junho - dia de Portugal, de Camões das Comunidades Portuguesas, optámos por aproveitar o feriado na companhia de uns quantos milhares de pessoas que, tal como nós, aderiram à iniciativa "Mexa-se na Marginal". ´
A Avenida Marginal fechou ao trânsito automóvel entre as 10h e as 13h, entre Algés e Oeiras e não tardou muito a encher-se de ciclistas de todas as idades, de quem fosse a pé calmamente, ou em ritmo de corrida.
O marido e o mano foram de patins em linha. Eu fui estrear a minha trotinete. E recomendo vivamente tanto este tipo de eventos como as trotinetes para adultos: foi simplesmente das experiências mais divertidas que já tive.








quinta-feira, 4 de junho de 2015

cromices #80: Em modo "oráculo das férias"...



Pois como já sabeis, meus amigos, começa a ser tradição a associação entre a minha vontade de passar férias num sítio e uma qualquer ocorrência nesse mesmo ponto.

Pois estou cá com uma vontade de ir até às Caraíbas! Ui ui, se estou!

Portanto agora é ir dando um olhinho pelos noticiários nos próximos dias.

Até lá:




caixa de ressonância