quinta-feira, 12 de novembro de 2015

sabedoria dos intas em 10 segundos #38



Sempre achei que, aquela situação de alguém colocar em cima da mesa as opções A e B para que façamos a escolha entre uma e outra é limitativo, no seu melhor, e uma armadilha, no seu pior.

Considero-o uma chantagem intelectual e conforme me dita o senhor meu pensamento posso até responder "nenhuma" ou "ambas".

A questão ou problema pode ser único, mas haverá sempre, sempre, sempre, múltiplas soluções, abordagens. Pelo menos, de A a Z e só porque não nos lembrámos de estender o alfabeto. Ainda.
Isto não tem que causar pânico algum, é um dado: enquanto houver uma caixa, haverá sempre "o fora da caixa".

Limitar as opções a A e B, ou até C, é travar a imaginação, o intelecto, o pensamento. E com estes tudo pára, nada avança.

Como temos a mania de passar pela vida em modo automático (e autómato), apercebi-me, com todo o meu foco, desta minha forma de pensar no início desta trampa de crise. O assunto ainda era suficientemente fresco e não totalmente assimilado e digerido, de forma que em qualquer ponto, hora e local se discutia a actualidade.

Mais tarde ou mais cedo surgiria o que para mim, liberdade de opinião à parte, são uma espécie de peidos vocais, entoando a cantiga de que "antigamente é que era bom", "que este governo é tão mau que o Salazar deixa saudades", e afins, já deu para perceber...
Quando nem me lembro quem se vira para mim, mando A e B às urtigas. Um mal presente não beatifica os males do passado. A cordialidade social que faz que um filho da puta passe a santo quando morre só se aplica às gentes, não à história, nem às sociedades. Regressar aos erros não gera sucessos. Há que imaginar novos paradigmas. Pensar a realidade C, e depois D, e se for necessário até ao Z 2.0.

Portanto, vão por mim, os horizontes do mundo não cabem numa binomial. Ana dixit.










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