sábado, 24 de junho de 2017

coisas que gosto: Weeee, saldos para geeks!



Entrar no Steam, e ver que começaram os mega saldos de Verão. Abrir a wish list, e todos os jogos que havia selecionado estão com desconto! Weeeeeeeee!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Pessoas de quem gosto: "A terra a quem a trabalha"



O sr. P. é um septuagenário aqui da aldeia.
Pertence ao cada vez maior grupo de pessoas que conheci, ou fui conhecendo melhor, graças ao Kiko e aos nossos passeios diários pelas ruas da localidade.

Cruzámo-nos num dia de Inverno, e lá fomos conversando rua acima, ao ritmo do Kiko e das suas deambulações pela relva.
O sr. P. tem um semblante amável, e uma postura escorreita que não deixa revelar a sua idade ao primeiro olhar.
Fala-me sempre da sua horta, com as nuances próprias de cada estação, e eu gosto de o ouvir, sobretudo pelo entusiasmo que coloca em cada frase, esteja a falar de couves tronchudas ou dos tomates que em meados de Junho já estão "deste" tamanho - e usa as mãos abertas para demonstrar o quão grandes são. De como uma boa meia dúzia deles já repousam no parapeito, a amadurecer ao sol.
Mal o conheci pensei cá para mim estar diante da prova viva de como o constante contacto com a terra, desde que seja genuinamente por paixão, gosto e prazer, é uma espécie de elixir da juventude. Que a Natureza retribui, com juros, a quem dela cuida.

O sr. P. mora numa das ruas limítrofes da aldeia, num aglomerado de casas abraçadas a montante por um vale. Algures nessa extensa linha de mato, fica a sua horta, num terreno - apressa-se a esclarecer - que não é seu, mas que não fosse este seu "passatempo", como lhe chama, estaria destinado ao silvado, embora tenha dono.
A última vez que me cruzei com este amigo, ainda não se adivinhava a enorme e dantesca tragédia de Pedrógão Grande, confessava-me a sua preocupação, partilhada por alguns vizinhos octogenários, perante a negligência dos legítimos donos dos terrenos que lhes circundam as habitações. Terrenos por limpar, com mato denso e silvas do tamanho de gente. De como uma sua vizinha, senhora idosa, lhe dizia que não fosse o sr. P. a passar com o trator e a limpar algum desses espaços, por sua iniciativa, usando do seu tempo e meios, o cenário seria pior.
Sublinhava que num desses espaços havia passado o trator fazia dois anos, e esse tempo bastou para que surgisse um verdadeiro matagal. Que era necessário voltar a limpar, e que não se vendo qualquer interesse por parte dos proprietários se sentia tentado a fazê-lo novamente, pensamento que leva ao justo desabafo da sua mulher: "Sempre os mesmos! Calha sempre aos mesmos!"

Contrapus que esse era o eterno dilema das pessoas íntegras e cumpridoras: ou se faz no lugar daqueles que teriam o dever de o fazer mas que nada fazem, ou se permite que o descalabro e o caos imperem com consequências para todos.

Nunca me fez tanto sentido o adágio propagandista que diz "a terra a quem a trabalha".


sexta-feira, 9 de junho de 2017

coisas de comer: Não foi amor à primeira garfada, mas hoje sou fã do conceito.



Falo dos restaurantes de buffet livre. Aqueles onde por um preço fixo e normalmente convidativo, os comensais podem servir-se sem restrições de todos os pratos, doces ou salgados, apresentados pelo restaurante.
A única regra, com a qual concordo plenamente, existe para evitar o desperdício alimentar: a quem tiver mais olhos que barriga é cobrado um extra. No último restaurante deste género a que fui o valor residia nos 18€/kg.
Este conceito veio para ficar e já existem locais que se especializaram em comida asiática, sushi, brunch, brasileira, tradicional portuguesa, etc.

Como é normal e esperado existem restaurantes melhores que outros. Os melhores serão, sem dúvida, aqueles que investem na qualidade dos alimentos e da sua confecção, na variedade, num bom serviço e no espaço. Se o conseguirem, o sucesso é garantido.

Tornei-me fã deste conceito porque este satisfaz muito mais critérios que aquela coisa de ser "enfarta-brutos". 
Penso que de todos é o que permite a fruição de uma refeição verdadeiramente casual e descontraída, sem aqueles compassos de espera que chegam a roçar o ridículo e o doloroso: aquele ritmo "senta- espera - trazem ementa - espera - fazer pedido - espera - trazem entradas - espera - trazem bebidas - espera - trazem prato - pedir carta de sobremesas - espera - trazem carta de sobremesas - espera - pedir - espera - trazem sobremesas - acaba-se de comer a sobremesa e tenta-se pedir um café - espera - pede-se café e já agora a conta - espera - trazem café - espera-se pela conta..."

No total acho que visitei um pouco menos de meia-dúzia deste tipo de estabelecimentos. O que visitei ontem na companhia dos meus pais passou directamente para o primeiro lugar da minha curta lista.

Basicamente a experiência foi irrepreensível:

- o espaço era giro, bem decorado, imaculado (inclusive as casas de banho), espaçoso (as mesas estavam à distância certa uma das outras, para que ninguém incomodasse ninguém nas constantes movimentações de e para o buffet);
- tinha estacionamento próprio;
- o serviço era organizado e rápido (havia sempre alguém preocupado em recolher os pratos sujos das mesas e a cuidar do buffet);
- muita variedade de enchidos, queijos, pratos quentes (peixes, carnes e vegetariano), saladas frias, doçaria regional e fruta;
- qualidade ( tudo o que provei, o que não foi mais que uma pequena fracção do que havia por lá, estava muito bem confecionado, o que é claramente um sinal que estes locais já não são só para quem dá valor à quantidade, mas sim também para quem valoriza a qualidade).

segunda-feira, 5 de junho de 2017

cromices #149: Se têm entre 20 e 35 anos e um nível médio de inglês, metam os olhos nisto!



No feed de uma rede social apanhei casualmente a publicação de uma revista dedicada às viagens. Esta anunciava uma oportunidade para uma dúzia de pessoas que me deixou a salivar: passar um ano a viajar; passar por 40 destinos como Honolulu, La Paz, Nova Iorque, Paris, Maputo, etc; ter todas as despesas pagas e ainda receber um salário na ordem dos 2500 euros. Em troca apenas a obrigação de relatar a experiência.

Não costumo invejar muita coisa, mas como sou humana, desta vez não consegui evitar. Caramba, pá, quando aparece algo que acho que me assentaria que nem uma luva, pimbas, estou velha demais!
Onde estavam estas oportunidades quando tinha 20 aninhos?!
Tivesse eu dado conta de algo assim nessa altura, e teria com todo o gosto tirado um ano sabático da faculdade para ir correr mundo, para além da vantagem que depois voltaria rica em experiências e com 30000 euros no bolso.

Portanto, miúdos que estejam a ler isto, avancem por vocês e em nome de todos nós, pessoas que a partir dos 36 anos são consideradas velhas!

O envelhecimento tem muito que se lhe diga. Pouco se pensa nisso a não ser que nos lembrem.

Então lá estava eu a fazer queixinhas ao marido, sobre esta cena de estar velha, e ele pergunta-me se estou melhor do braço, (no dia anterior tinha andado numa aflição por causa da tendinite).
 "Já passou." - digo-lhe.
 " Vês, então não estás assim tão velha!"
 " Pois... não fosse a dor de costas de hoje..."




sexta-feira, 2 de junho de 2017

Pessoas de quem gosto #8


Gosto tremendamente de quem possui o dom natural de entender que o instinto maternal/ paternal é algo que reside em cada um de nós, e não se dirige simplesmente aos filhos biologicamente gerados e paridos.
Que é mais universal que isso.
É a imensa capacidade de amar, de cuidar, que todos temos e que direcionamos a qualquer ser vivo que cative essa nossa faceta.
É Amor, ponto, e pode ser dirigido aos nossos filhos, aos filhos dos outros, a qualquer pessoa de qualquer idade, aos animais, às plantas, a tudo e a todos que despertem em nós esse lado. Porque o Amor na sua pura forma não cabe na caixinha pequenina que muitas vezes alguns de nós o querem enfiar, dê lá para onde der.

Também por isso, gosto da vizinha simpática que sorri para mim e me trata por "mãe do Kiko".






quinta-feira, 1 de junho de 2017

coisas do condomínio: Nunca digas nunca.


Oops, não resisti.

 Afixei mesmo um recado sobre a limpeza das áreas comuns do prédio. Na minha melhor diplomacia, usei expressões como "a intenção não é ofender nem embaraçar ninguém", "neste espaço que é a casa de todos nós" e " embora sejamos uns sortudos por poder delegar a limpeza das áreas comuns (...) não percamos o maravilhoso civismo que nos faz apanhar um papel do chão, ou ir buscar a esfregona caso...".

 Para não haver nada que apontar, e porque se lidera através do exemplo, antes de afixar o recado limpei eu as áreas comuns, com água quente e detergente xpto que limpa, desinfecta, higieniza e felizmente nos livrou daquele pivete horroroso.




coisas do condomínio: As palavras que nunca te direi.


Hoje de manhã quando saí de casa para o passeio matinal do Kiko, o meu nariz foi atacado por um pivete nas escadas. O interesse do cão no chão, maior que o costume, fez-me olhar com mais atenção e reparar num rasto de gotas, que se estendia de um dos andares superiores até à rua. Basicamente o que acontece quando o saco do lixo não veda bem e vai a gotejar.

Estou aqui com uma vontade tão grande de colar um recado na entrada que até me dá bichos carpinteiros e comichão. A parte racional diz-me que não, faz como a Elsa do Frozen: "Let it goooo".

Mas caramba, que vontadinha de deixar algo assim:

"Meus amores,

Sim, é verdade que temos um serviço contratado para a limpeza das áreas comuns, o que nos iliba dessa função e torna a vida mais fácil.
Mas, azares acontecem. Fazem parte da vida quotidiana. Nessas ocasiões, como por exemplo, ao trazermos um saco do lixo que deixa um rasto pelas escadas, não nos caem os parentes na lama se formos buscar uma esfregona para dar um jeitinho.

Obrigada"