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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

coisas que gosto: Os Afrescos personalizados de Patrick Commecy.


Os meus amigos partilham coisas bem giras nas redes sociais.

Algumas cativam-me tanto que passam imediatamente para a minha lista de gostos pessoais, como é o caso do que vos trago hoje.

Patrick Commecy é um artista francês que, em conjunto com a sua equipa de artistas muralistas, dedicam-se à criação de murais absolutamente espantosos através da técnica de trompe-l'oeil.
Esta, serve-se de truques de perspectiva, para que formas de duas dimensões pareçam ser tridimensionais.

A empresa de Commecy, A.fresco, (cliquem no link para conhecer e ver muito mais), dedica-se desde 1978 à realização de murais gigantes "à medida" dos seus clientes, sejam estes localidades, empresas, particulares. Até à data já realizaram mais de 300 destas obras, algumas até premiadas, em território francófono.
Para fazer um mural "à medida" os artistas inspiram-se na identidade daquele lugar, na sua história, costumes e usos, habitantes, fazendo com que cada obra seja única e adequada ao local onde se insere. Para além da mestria e do enorme talento, este é um dos pontos que me cativou.

Estas obras de arte são mesmo mágicas: num momento temos uma fachada, ou uma parede cega de um qualquer edifício, feia, desinteressante, maltratada, para se passar a ter uma valiosa adição ao património cultural do lugar, suficientemente belo até para atrair visitantes, e sem dúvida para aumentar a satisfação de quem lá habita.

Eu cá adoraria ter alguns destes murais na minha aldeia. Com a qualidade obtida por estes artistas, e uma temática em volta da fauna e flora do lugar, o rio que aqui nasce, a serra, os indícios romanos e medievais da história do lugar, tenho a certeza que o resultado seria fantástico.

Então, sem mais demora, aqui vos deixo alguns exemplos. Atentem ao antes e depois:



 
 





Uma festa medieval:






 








terça-feira, 11 de novembro de 2014

coisas que gosto #19: Portas com Arte





Hoje, na minha deambulação pela blogo-vizinhança, encontrei no espaço da D. Rainha do blog "A Rainha e a Ervilha", algo que me deixou inspirada.


Tratava-se de uma porta pintada de azul, povoada por um cardume de sardinhas que ao invés de escamas vestiam padrões típicos de azulejos. Para coroar esta obra, versos de Vitorino Nemésio, da sua "Correspondência ao Mar". Podem ver como é linda, aqui.


De cada vez que vejo uma porta assim interrogo-me porque não somos recebidos por Arte e Poesia em todas as moradas!


Eu, que passo 90% da minha vida a pensar, muitas vezes imagino como seria, aos meus olhos e sentidos, o melhor local para se viver. Entrego-me à fantasia dos pormenores e, garanto-vos, nesse meu lugar imaginado, as casas receberiam-nos com portas com arte, como se todas elas fossem um portal para um sítio, quiçá, mágico.


Tenho a crença profunda que o lugar da Arte é também, e sobretudo, nas ruas. Por todo o lado. Não só em livros, galerias e museus.
Mal comecei a estudar Publicidade, já tinha a certeza que, se um dia tivesse que escrever uma tese, esta seria como a Publicidade poderia desempenhar também um papel na democratização das Artes, ser um veículo destas. Imaginava outdoors e mupis a suportarem obras de Vermeer, Rubens e Van Gogh, e muitos outros, aumentando o apelo visual de locais, tantas vezes tão desinteressantes.


Porque o Mundo seria melhor se em todas as esquinas, a Alma humana encontrasse alimento. Porque acima de tudo a Beleza, que nos chega através da expressão artística, é isso mesmo: alimento espiritual que nos eleva e faz de nós melhores. Não é coincidência que a Beleza seja uma das Três Graças!


Já chega de verborreia! Deixo-vos com portas com Arte, e de como estas têm o poder de melhorar um pedaço de mundo.



















O top "Bored Panda" das portas mais bonitas do mundo, aqui!









quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Sintra: MU.SA - Arte em Traços de Luz





Assim foi o fim de semana passado em Sintra:




"A Câmara Municipal de Sintra organiza o espetáculo de multimédia “Arte em Traços de Luz”, produzido pela VisionOnset, na fachada do MU.SA – Museu das Artes de Sintra, nos próximos dias 26 e 27 de setembro, 3 e 4 de outubro.
O espetáculo, com uma duração de 7 a 12 minutos, repetido a cada meia hora, durante o período das 21h30 às 23h30, tem como objetivo promover a cultura e o turismo, integrado nas comemorações das Jornadas do Património. 
Trata-se de um espetáculo onde as projeções de luz, cor e metamorfoses ilusórias, representam os artistas do desenho, da pintura e da escultura, com traços dançantes e brilhantes que procuram transmitir sentimentos dos autores aos espetadores. 
Haverá também uma Mostra de Artes Pluridisciplinares ao longo da Av.ª Heliodoro Salgado, onde estarão presentes artesãos, artistas plásticos, entre outras áreas artísticas."

(retirado da página da CMS)


Estive presente e posso corroborar que foi um sucesso.

Não somente pelo espectáculo de multimédia per se, cuja utilidade maior foi inegavelmente o seu papel de chamariz, mas por tudo o que se gerou a partir daí.

Como munícipe sintrense agradou-me sobremaneira ver as artérias circundantes do Museu das Artes de Sintra com vida, num horário em que habitualmente estão completamente desertas.
Eram percorridas por muitas pessoas, muitas famílias com crianças de todas as idades, num ambiente animado mas tranquilo.
Algum comércio manteve as portas abertas para além do horário habitual, e foi tremendamente bom ver as esplanadas montadas e poder usufruir das mesmas àquela hora.

Até a rua pedonal foi usada exactamente com esse propósito, albergando várias bancas de artesãos.

O Museu teve as portas abertas, encerrando temporariamente para cada uma das sessões do espectáculo. E eu que gosto tantos de museus, digo-vos que é uma sensação fantástica partilhar uma visita com tanta gente. Assim deveriam estar sempre os nossos museus!

Para quem não conhece, visitem o MU.SA, vale a pena!
Actualmente alberga as colecções Dórita Castel-Branco e Emílio de Paula Campos, Lab. Arte, Sintra na Arte da Paisagem, Arte figurativa e Arte Abstracta.


Vejo este evento com um óptimo começo de uma melhor relação entre os cidadãos e o espaço público.