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terça-feira, 1 de dezembro de 2015
coisas de pensar: Haverá solução para a pobreza?
Ainda sobre a erradicação da pobreza. Antes de encerrar este tema, apetece-me deambular um pouco mais por esta matéria, apresentando-vos uma reflexão.
Quando imagino o melhor dos mundos possíveis ocorre-me a construção de uma sociedade humana regida por princípios como a igualdade, paz, sustentabilidade, respeito pelo próximo e pelo meio ambiente.
Há muitos entraves na realização desta visão e a pobreza é um deles.
A pobreza material força muitas vezes o sacrifício de valores éticos e morais que gostaríamos de ver como bússola das condutas em todos os momentos.
A alguém que falte o essencial e, como tal, não consiga ter olhos nem consciência para algo que não seja a sua própria condição, é muito difícil esperar, pedir ou exigir, que viva sob regras pacifistas, que se recuse ao crime, que se eleve, que defenda o meio ambiente...
A pobreza material é um tremendo entrave à realização do próprio ser humano, na sua elevação, na conquista do seu melhor. Sem pessoas melhores não haverá um mundo melhor. O mundo e a mudança que queremos ver neste nasce, invariavelmente, dentro de nós. Não é que o Mundo seja somente a nossa espécie, mas a sobrevivência de todas as outras depende intimamente da nossa capacidade de crescer para além da nossa condição sub-humana de destruidores de vistas curtas.
Acredito que a erradicação da pobreza é possível. Sem dúvida difícil, como tudo o que vale a pena, mas possível.
O primeiro passo é transformar o próprio conceito de riqueza. Todos os dias, e cada vez mais, somos bombardeados, através dos media, por campanhas engenhosas de marketing e publicidade e a aclamação de figuras públicas que o são pelo seu exemplo de futilidade, excesso e desperdício.
Como não estarmos cada vez mais próximos da insurreição social, com cada vez mais pessoas insatisfeitas, frustradas e zangadas, se ao longo dos anos temos sido, através de muitos meios e canais, formatados para acreditar piamente que a felicidade e valor de cada um estão intimamente ligados à quantidade de recursos que se possui? E o que se possui há-de ser igual aos exemplos de futilidade que habitam em ecrãs e monitores: as casas, os carros, a tecnologia, a roupa, os hábitos...
Este conceito de riqueza é a nossa sentença de morte, de extinção. Não é sustentável, nem sequer possível que vivamos num planeta com mais de 8 mil milhões de pessoas e que todas queiram uma casa, e um carro, pc's, tablets, telemóveis, roupas, sapatos e acessórios da última moda e toda a parafernália que nos habituámos a possuir.
Há que redefinir o conceito de riqueza como algo mais frugal, que cubra todas as nossas necessidades essenciais, que nos faça sentir seguros, com um nível simpático de conforto, mas acima de tudo sustentável e sem excessos.
O segundo passo tem a ver com Igualdade. Para erradicar a pobreza há que extinguir os casos de grande riqueza. A extinção de uns está dependente da extinção dos outros.
É essencial que deixe de existir o tremendo fosso que hoje os separa, o melhor sendo a não existência de fosso algum.
Após milénios e milénios de existência de sociedades humanas organizadas em pirâmide, tem havido uma incessante recusa em implementar o óbvio: que se a integridade de toda a estrutura depende da sua base, então há que fortificar esta.
Acho mil vezes preferível uma sociedade onde só exista classe média, em que a diferença entre os que auferem menos e mais existe mas não é gritante.
Por fim, enquanto houver sobrepopulação existirá pobreza. Em 2011 quando foi noticiado o marco dos 7 mil milhões de humanos, não vi qualquer motivo para celebrar mas um motivo de preocupação.
Com excesso de população a pobreza será sempre inevitável, e com esta as guerras pelos recursos, as calamidades naturais e ecológicas, o desrespeito pelos Direitos Humanos, o desemprego, a criminalidade, o abuso dos mais frágeis, a estupidificação das massas, a escassez de recursos, o retrocesso da civilização...
Em suma, defendo que é possível a erradicação da pobreza através da redefinição da percepção do conceito de riqueza, da Igualdade, e do controlo de natalidade.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
coisas de opinar: Erradique-se a pobreza...
Ontem passou num canal de televisão um documentário que prometia ajudar a decifrar esta coisa, esta entidade, esta seita de barbudos radicais que anda aí a aterrorizar meio mundo.
Nós, longe de sermos obcecados pelo tema, ficámos curiosos o suficiente para assistir. Uma curiosidade que pouco ou nada tem a ver com voyeurismo, mas com uma necessidade de tentar conhecer e entender algo que difere de nós e do nosso mundo em tudo e mais um par de botas.
A mim, que é intrínseco duvidar, questionar e desafiar o que me dizem e sobretudo o que me mandam quando sinto que o devo fazer, sempre me fez muita confusão o historial bélico do nosso mundo. Basta-me ler uma notícia, ver um filme ou documentário sobre tal, (a II G.G. é um óptimo exemplo), e inevitavelmente dou por mim a pensar como é que é possível existirem pessoas que se deixam cativar, doutrinar por ideologias tão maradas e cometer actos tão errados em seu nome.
Como é que é possível que em todas as guerras, as decisões sejam tomadas por um pequeno grupo de gajos, sentados confortavelmente algures enquanto outros aceitam ser seus paus-mandados, carne para canhão, cegos obedientes e os únicos a sujar as mãos de sangue?!
Não há ninguém que ao receber uma ordem que, aos olhos de uma pessoa de bem é claramente errada e inadmissível, se vire para esses gajos com um: "Isso é que era bom! Queres? Vai tu!".
Será a obediência uma característica genética tão profunda na nossa espécie que nos torna, sem grandes alternativas, fracos e maleáveis perante a vontade de psicopatas?! Que triste!
A qualidade do documentário em si foi de nível "meh". Não passou de uma colectânea de vídeos propagandistas produzidos pela massiva máquina de marketing dos próprios barbudos que são censurados nos meios de comunicação ocidentais, e ainda bem. Apoiar a censura abre um precedente perigoso mas aqui tem toda a razão de ser. Nunca se sabe quantas cabecinhas tontas, fracas e permeáveis existem à escala global, e o seguro morreu de velho.
As cenas que eram montadas para mostrar o apoio e satisfação da população fizeram-me lembrar a história de Pablo Escobar, o icónico traficante colombiano. Escobar podia ser violento, temido e impedioso, mas muita da população de Medellín era-lhe leal pois financiava a construção de alguns estádios de futebol, algumas equipas, e dizia ser uma espécie de Robin Hood que tirava dos ricos para dar aos pobres. Mais do que por bondade, Escobar sabia que esta é uma estratégia inteligente para se alicerçar uma posição de poder, e os barbudos também sabem. E que quanto mais pobre for a população alvo, mais barata é a sua lealdade.
A pobreza é a raiz de muitos males. Erradique-se a pobreza e, de uma ver por todas, o mundo será chão pouco fértil para muitas outras maleitas.
A capacidade que tenho de duvidar, questionar, desafiar e escolher por mim deve-se em muito ao facto de não ser pobre. Tal como aparece na velhinha Pirâmide das Necessidade de Maslow, se tenho energia para dedicar à moralidade e a questões que se encaixam na categoria de topo - realização pessoal - é porque me encontro satisfeita em todas as outras categorias, da fisiológica à estima.
Qualquer um de nós num cenário onde as necessidades fisiológicas e de segurança não fossem preenchidas, faltando-nos casa, comida, acesso a cuidados de saúde, educação, etc, seriamos também presas fáceis de manipular.
Portanto, enquanto houver pobreza haverá, com toda a certeza, novos capítulos para a história bélica do mundo, cheios de terror e tristeza.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Bucket list #7: O Parque do Kiko
Se encontrasse aqui mesmo ao lado de casa, um qualquer terreno de tal forma baratinho, tipo ao preço da chuva, quase dado, (nunca é demais o ênfase no "baratinho"), comprava-o. Investia numa vedação robusta, num portão, procedia à sua limpeza e "desparasitação", (não sei que termo se utiliza em relação a terrenos), de forma a dar cabo das pulgas, carraças e afins.
Chamar-lhe-ia o "Parque do Kiko".
Seria um espaço onde poderíamos ir brincar, correr, sem trela, sem perigo de atropelamentos, nem interacções com outros cães que não sejam desejadas naquele momento, sem lixo.
Teria todo o gosto em que o acesso ao Parque do Kiko fosse aberto a outros cães, num horário abrangente mas definido. Todos seriam bem vindos desde que seguissem as "regras da Ana". Sim, que o parque seria do Kiko, mas as regras, essas são da dona.
Não seriam regras complicadas. Basicamente, consistiriam em deixar o espaço limpo, apanhar os dejectos do animal, não estragar nem retirar nada do que lá se encontrasse. Os que soubessem seguir estas simples normas de conduta, que não vão além do bom senso e práticas básicas de civismo, seriam mais que bem vindos a usufruir connosco do parque.
Quem não fizesse caso das "regras" acabaria por perder, em último caso, o direito de acesso. Afinal, um dos motivos porque a criação do mesmo se encontra na minha "bucket list" é porque estas regras, que para mim são importantes, não são seguidas nos espaços públicos.
Acima de tudo este meu desejo surge porque sinto e acredito que espaços destes fazem muita falta. Locais cuidados e vedados, onde os animais possam andar sem trela, sem qualquer perigo para si e para terceiros. Onde possam, em liberdade, gastar toda aquela energia que vão acumulando, especialmente os que estão confinados a apartamentos e pequenos espaços. Onde os donos, especialmente os tão neuróticos como eu, possam retirar maior prazer dos momentos ao ar livre com os seus patudos, porque naquele espaço estariam protegidos de muitos dos perigos potenciais que nos deixam num estado de sempre alertas e, consequentemente de mau humor, como o trânsito, o lixo, etc.
Infelizmente acredito que sem iniciativa privada muito dificilmente veremos um grande número de parques caninos no nosso país. Isto porque, se nem há fundos para espaços para crianças, quanto mais para animais não é?
Imagino, ao longo do tempo, este espaço a crescer e a ser melhorado, passo a passo, conforme a carteira, (sobretudo a carteira!), a imaginação e a vontade iriam permitindo, com a implementação de coberturas para criar sombra no Verão e proteger da chuva no Inverno e candeeiros solares de jardim para permitir a sua utilização à noite.
Quem sabe até uma piscina para eles.
Imagino muitas coisas, um enorme potencial que se estende para lá da linha do horizonte, como uma possível parceria com uma escola de treino canino e a possibilidade de ali organizar uma ou duas aulas de treino de obediência, e outras modalidades, por semana.
Imagino-me a emprestar o parque ao canil do meu município e às associações, para que, pelo menos uma vez por semana pudessem trazer alguns dos seus animais para aulas de obediência e, para se divertirem, contribuindo para a sua felicidade e aumentando, quem sabe, a possibilidade destes virem a ser adoptados.
No meu íntimo sei que seria um espaço nascido de um desejo um pouco egoísta de querer providenciar o melhor para meu patudo, mas que me encanta sobretudo pela sua capacidade quase infindável e lírica de ser um projecto altruísta, seja pelo desejo de providenciar o mesmo conforto a muitos outros animais, tenham eles dono ou não, de aumentar o nível de consciência para com o bem estar animal, de providenciar momentos de pura alegria entre humanos e animais, de criar uma casa para um grupo de trabalho com ideias solidárias, positivas, de inspirar outros a fazerem o mesmo, mais e melhor até!
Agora, onde raios anda esse terreno baratinho?!
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terça-feira, 13 de outubro de 2015
coisas que gosto: Quando a comunicação cidadãos - entidades é bem sucedida.
Considero-me uma cidadã cujo nível de atenção e participação é razoável, mediano.
Longe de estar informada e de agir sobre tudo o que se passa no mundo, no país, ou até na região, mesmo de forma inconsciente a minha predisposição parece ser focar a grande parte da minha atenção e do meu interesse num pequeno universo de dimensão local, mais precisamente a minha localidade, freguesia e concelho.
Há pequenas causas, ínfimas migalhas quando comparadas com o panorama geral, que me prendem a atenção e me fazem agir, seja a troca de contentores de lixo partidos, seja a demarcação de lugares de estacionamento ou ainda a poda de arbustos que dificultavam a visão de condutores e peões. Podem parecer pequenas questões, mas não deixam de ter significância. São daquelas coisas que só nos lembramos de dar alguma importância quando falham.
Entenda-se por agir a busca de uma linha de comunicação com as entidades que possuem o poder para intervir, relatando determinado problema, sugerindo uma possível solução.
Sou da opinião que a boa gestão dos lugares e das coisas requer também o envolvimento dos cidadãos, da sua iniciativa em encetar diálogos, em expor situações, apresentar pontos de vista. Fazê-lo é tanto um direito como um dever. Acredito em fazê-lo recorrendo à empatia e ao bom senso, compreendendo que quem está do outro lado da linha não possui a tal omnisciência divina que lhe permitiria adivinhar tudo sobre todas as coisas em todos os lados e agir sobre estas.
Que chega a ser possível uma espécie de omnisciência somente quando um imenso número de pessoas envergam, em plenitude, a sua cidadania activa, emprestando as suas mãos, mentes e olhos a quem ocupa cargos nas diversas entidades e organismos.
Outra coisa que gosto é de agradecer a quem está do lado de lá a atenção e tempo dispensados, a resolução das questões, a amabilidade e disponibilidade com que muitas vezes nos deparamos que às vezes até nos surpreende pois estamos mais habituados a histórias menos positivas.
Faço questão de o fazer porque acredito no poder do agradecimento, mesmo que me digam que estão "apenas a fazer o seu trabalho". É que enquanto dona de casa também tenho o meu trabalho, e este torna-se muito menos maçador quando sinto apreço por parte de quem usufrui do que faço.
Portanto, todo este bláblá serve unicamente para vos dizer: coloquem "olhos de ver" - como dizia uma professora minha, - e observem o pequeno mundo que existe à porta da vossa casa. Sejam participativos e iniciem um diálogo com os diversos organismos, seja a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal ou outro. Usem empatia e cordialidade e apresentem os problemas, mas sugiram também possíveis soluções. Tenham ideias, imaginem uma versão melhorada do vosso lugar. Agradeçam. E sintam-se parte desse lugar.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
coisas de opinar: As minhas 5 palavrinhas sobre o futuro da Síria
Existe um cartoon escrito por Audrey Quinn e ilustrado por Jackie Roche que tem corrido mundo.
Intitula-se "Syria's Climate Conflict" e explica de uma forma sucinta e clara as origens de todo o conflito sírio e de como escalou ao ponto de se tornar uma crise com implicações tão extensas.
Já não me recordo como, ou através de quem, tomei conhecimento deste cartoon mas, foi-me de uma tremenda serventia para ficar a saber um pouco sobre um país, o seu povo e este conflito.
Há traços que nos distinguem enquanto pessoas. Um dos meus traços é que não resisto a pensar numa solução quando me deparo com um problema. Infelizmente não será tão útil quanto ser alguém que avança e mete as mãos na massa, mas é assim que sou.
Fiquei a remoer no tal cartoon, em toda aquela informação. Quando se fala em mais de 4 milhões de sírios que procuram refúgio noutros países, e dos mais de 7 milhões que se movimentam dentro das fronteiras sírias na tentativa de fugir da violência, temos uma ideia da proporção de todo este horror, da urgência da necessidade do apoio das restantes comunidades internacionais no tempo presente mas, também, na necessidade de pensar no futuro, de forma a poder devolver aos que tiveram que fugir, aquela que é a sua terra.
Sem mais delongas, as 5 palavrinhas que definem o processo de um melhor futuro para a Síria são:
Paz - o essencial primeiro passo.
Democracia - como já disse alguém, não perfeita, mas bate aos pontos um qualquer ditador.
Dessalinização - Mais uma vez o Mar Mediterrâneo teria um papel determinante nesta história, mas desta vez como fonte de água potável, (obtida através deste processo), possível de ser usada para consumo humano, animal, para irrigação de culturas. O sal obtido no mesmo processo poderia ser comercializado, quiçá mesmo exportado, e ser mais uma fonte geradora de emprego e rendimentos.
Florestação - Plantar árvores numa zona árida pode parecer um contrassenso, mas é um gesto que pode ajudar e muito a transformar totalmente um ecossistema, a regredir a desertificação, a combater a seca.
Um exemplo de que isso é possível é a história de Yacouba Sawadogo, o homem que plantou uma floresta no deserto do Burkina Faso. Fica aqui o link.
E por último, Hidroponia. Conceito que aqui já falei como sendo uma das coisas que realmente gosto, por ser, também, uma solução perfeita para o cultivo de alimentos em zonas áridas, pois precisa de uma pequena fracção da água normalmente utilizada na agricultura.
Esta é a minha visão.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
A melhor empresa do mundo #3: "Nevzat, o patrão que vendeu a empresa e deu €216 mil a cada funcionário"
Basta uma única pessoa para surgir uma ideia, desenhar um conceito. Mas depois, na prática, toda uma equipa é fundamental para o sucesso. Daí ser tão justo que os frutos do sucesso sejam repartidos.
É bom ter uma notícia para partilhar que fala disto mesmo:
"Nevzat Aydin decidiu vender a sua Yemeksepeti, uma empresa turca de encomendas online e entrega de refeições ao domicílio, a uma companhia alemã do mesmo ramo, a Delivery Hero.
Segundo a CNN, o negócio foi fechado por 530 milhões de euros. Mas a notícia não é esta, ainda que o negócio seja financeiramente relevante. O que tem feito de Aydin notícia é o facto de ter decidido distribuir 25 milhões por 114 trabalhadores.
Em média, cada empregado recebeu 216 mil euros. No entanto, este valor varia consoante a produtividade e o “futuro potencial na empresa” de cada um. Só os trabalhadores com mais de dois anos de contrato é que foram elegíveis para o bónus.
Para Nevzat Aydin, cofundador da empresa, o sucesso da Yemeksepeti “não aconteceu do dia para noite e muitas pessoas participaram nesta viagem com o seu trabalho e talento”. “Alguns choraram, outros gritaram e houve ainda quem escrevesse cartas de agradecimento. Houve muitas emoções, porque mudámos a vida das pessoas. As pessoas [agora] podem comprar casas, carros... Podem fazer imediatamente algo que nunca conseguiriam com um ordenado de 900 ou 1500 euros. Foi uma coisa boa. Gostaria de ter a capacidade de lhes dar mais”, contou Aydin.
A Yemeksepeti foi fundada há 15 anos e entrega mensalmente mais de três milhões de refeições e opera nos Emirados Árabes Arábia Saudita, Líbano, Omã, Qatar, Jordânia, Jordânia e, claro, na Turquia. O conceito da empresa passa pela encomenda de refeições online que depois são entregues no local e à hora escolhida pelo cliente.
Com a venda da Yemeksepeti, Nevzat Aydin mantém o cargo de diretor-executivo e passa também a ocupar uma cadeira no painel da administração da Delivery Hero."
in Expresso
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Coisas de pensar: Tratar da Saúde.
Desculpem lá a ausência dos últimos dias. Entre afazeres e convalescença, o tempo e a energia, acima de tudo, têm escasseado.
Hoje apetece-me partilhar um raciocínio convosco.
A minha curta memória leva-me a crer que estamos a vivenciar um ponto historicamente baixo na qualidade da saúde em Portugal. Confesso que nem sequer tenho andado a seguir atentamente os noticiários, e que até desde que me lembro de ser gente sempre existiram motivos de queixa sobre o sistema nacional de saúde.
No entanto, apanhar, mesmo que de viés, notícias sobre pessoas que morreram nas urgências enquanto esperavam, (longas horas), para serem atendidas, é algo demasiado "terceiro-mundista", algo que nunca imaginei que fosse possível acontecer no nosso país, mesmo nas piores alturas.
Portugal, Europa, no século XXI! Como é possível?!
Um dia, já nem me lembro exactamente há quanto tempo, reflectia sobre o associativismo. Concretamente sobre o que poderia um grupo de comuns cidadãos atingir se se organizassem. Poderia ser o associativismo uma possível resposta, (não a única, mas uma das possíveis), aos vários problemas sociais?
Aconteceu essa deambulação muda e solitária em mesa de esplanada levar-me ao tema "cuidados de saúde".
Decerto muita gente julga que associativismo e saúde não combinam, visto que existe o serviço nacional de saúde e é da competência do Estado esta gestão, da sua responsabilidade resolver os problemas, fazer acontecer. Se enquanto cidadãos pagamos impostos também para este fim, porque haverá o cidadão comum de fazer algo para além de reclamar e reinvidicar um melhor serviço?!
Esta linha de pensamento, que alguém já partilhou comigo, não a considero errada. Decidi foi, na minha reflexão, partir da hipotética premissa em que os cidadãos são proactivos, organizados, investem na resolução de problemas de forma independente e paralela ao Estado, pois o objectivo não é substituir este, (nem neste caso substituir os provedores de cuidados de saúde sob tutela estatal ou até privada), mas atacar um problema em duas frentes, testar possíveis soluções.
Basicamente pessoas que se mexem quando vêem que a coisa está a entrar no lodo ao invés de se deixarem enterrar no mesmo sem nada fazer.
Acompanhem, por favor, o meu raciocínio:
Diz que a localidade onde habito tem cerca de 2400 habitantes.
Diz que, no nosso país, cada médico de família tem a seu cargo uma lista de 1900 utentes.
Diz que, o salário bruto de clínicos gerais no SNS é no máximo de 2974 euros, o mínimo ronda os 1390 euros.
Diz que, o salário de um enfermeiro (após os cortes) vai dos 1100 aos 2500 euros.
Se os 2400 cidadãos habitantes da minha localidade pertencessem a uma associação, sei lá, de moradores ou com qualquer outra denominação, em que cada um pagaria, sem falhas, 5 euros mensalmente, existiria um plafond mensal de 12000 euros. A meu ver, quantia mais que suficiente para contratar dois médicos de família, dois enfermeiros, um espaço, serviços de limpeza, um responsável ou dois pelo acolhimento e agendamento dos utentes, água, luz e afins.
Uma equipa de profissionais que sobretudo entenda que ali está a trabalhar directamente para aqueles cidadãos/ utentes, que são eles que lhes pagam o salário, que ali não se vivem os maus vícios do estatal nem do privado, que não é "o da Joana". Que há regime de exclusividade, para não dar azo a despachar o utente às pressas, nem andar a encaminhá-los para o consultório privado. Que se lembrem da sua vocação, do motivo porque decidiram que tinham perfil para a área da saúde.
O facto de ser fruto de uma associação de cidadãos, uma coisa em pequena escala, resultaria num contexto de microgestão, a meu ver positivo, onde os relatórios de contas e de desempenho seriam do conhecimento dos 2400 utentes/ cidadãos/ associados. Relatórios onde seriam discriminados até à última gaze, caneta ou embalagem de detergente.
O preço de cada consulta ou serviço prestado seria o menor possível, quase simbólico, variando conforme os materiais utilizados. A ideia é cada utente pagar o que gasta. Uma consulta para quem vai mudar um penso, em que se gastam gazes, desinfectantes e outros itens, tem de ser mais cara do que aquela em que o utente é somente auscultado.
Quanto ao espaço, não precisa de ser uma clínica numas instalações topo de gama. Basta que tenha espaço para sala de espera, wc, divisões possíveis de serem usadas como salas de enfermagem e consultórios. Que seja higiénico, prático e adequado às funções.
Dois médicos de clínica geral neste caso, significaria uma lista de 1200 utentes para cada um, bem abaixo dos 1900 da média nacional.
O objectivo não seria substituir os centros de saúde tradicionais, pertença do sns, mas providenciar um serviço complementar, alternativo, gerido pelo mesmo grupo de cidadãos que usufruem do serviço. A existência de uma associação desta traria enormes vantagens para a população e até para o centro de saúde da zona.
Para os primeiros, e os mais importantes, a ideia seria ressuscitar o antigo conceito de médico da aldeia: ter serviços primários de saúde à porta de casa, qualquer que seja a cidade, vila ou aldeia.
Se acham que é por preguiça, pensem por momentos na nossa população envelhecida, de como tal coisa os iria beneficiar. Poder ir medir a tensão, ir a uma consulta, receber algum tratamento ou cuidado sem a dor de cabeça da deslocação, que para estas pessoas tantas vezes implica gastar dinheiro num táxi ou ter que chamar os bombeiros.
Pensem nas crianças, e de como facilitaria a vida aos pais estarem a dois passos do médico. Poder levar os miúdos a uma consulta durante a hora de almoço sem ter que faltar ao trabalho, por exemplo.
Imaginem como funcionariam melhor os centros de saúde e hospitais com menos gente para atender. Se realmente as situações menos exigentes, de menor importância soa mal mas que seja, ou parte destas fossem resolvidas sem o seu envolvimento, poderiam direccionar a atenção e os recursos para casos de maior gravidade, e o tempo de espera nestes locais não seria tão longo e desesperante.
E como algum comodismo até é bom e sabe ainda melhor, imaginem-se constipados, só que ao invés de estarem numa sala de espera de um hospital ou centro de saúde, sendo apenas um de muitos e sem perspectiva de se despacharem tão cedo, estão mesmo ao lado de casa, parte de uma fila bem menor. Ou se fosse desenvolvida uma app, poderiam até estar em casa a observar a rotação dos números de senha em tempo real, e só sair quando fosse quase a vossa vez.
É apenas uma ideia, mas gosto dela.
Poderia ser adaptada de tantas formas, servindo as muitas necessidades que existem por aí e que me inspiram. Penso nas pequenas aldeias do nosso universo rural, interior, muitas povoadas por apenas umas dezenas ou centenas de idosos, e imagino um consultório numa carrinha - uma unidade móvel de saúde - e uma dupla médico / enfermeiro a percorrê-las, a levar os cuidados de saúde a todo o lado, a todas as pessoas que deles necessitam. E aqui mesmo em Portugal, sem necessidade de ir a destinos exóticos de terceiro mundo, porque aqui também faz falta e cada vez mais de uma forma gritante. Bravo a quem faz, a sério, seja lá onde for. Não esqueçam é que por aqui também existem necessidades.
Faz sentido para mim imaginar os prestadores de saúde afastados do comodismo dos seus gabinetes, do mundinho dos senhores doutores e rebéubéu pardais aos ninho. Seria bom para eles e para todos nós ter motivos para nos lembrarmos porque raios se diz que a saúde é uma vocação, mais que uma carreira.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
A melhor empresa do mundo #2: O transporte de e para a empresa
A quantidade de automóveis que circulam diariamente são um problema.
Segundo dados de 2006, o número total de veículos a circular no nosso país são cerca de 5,6 milhões. Diz-se, igualmente, que Portugal é dos países da Europa com mais automóveis por habitante.
Lisboa e Sintra são os dois municípios com maior densidade populacional do país. O primeiro com cerca de 519 mil habitantes, e o segundo com cerca de 419 mil, (dados de 2005).
Não será então de estranhar que a IC 19 seja das vias com maior tráfego. Aliás, até já foi considerada das mais congestionadas da Europa, para além de ser apelidada igualmente a "mais perigosa" a nível nacional.
Outras vias, como a A5 não são excepção.
Qualquer pessoa que já tenha experimentado qualquer um dos trajectos saberá bem a frustração de estar parado no trânsito a caminho do emprego, por exemplo.
Esta situação é um problema que se reflecte:
- No bem estar do indivíduo. O stress que resulta de vivenciar o trânsito regularmente tem custos para a saúde. Na óptica de interesses das próprias empresas, esse stress afecta perniciosamente o desempenho do trabalhador, como é natural. Outra manifestação são os possíveis acidentes, e as suas consequências.
- No meio ambiente. Pela poluição gerada pela quantidade de gases libertados para a atmosfera. Pelo gasto de recursos finitos como o combustível fóssil.
- Na economia. Cada veículo significa um pacote de custos para o seu proprietário, que engloba desde os custos de aquisição, manutenção, seguro, combustível. Um imenso desperdício quando verificamos que, a bordo de cada automóvel, vai geralmente uma só pessoa.
- No tempo. É um despedício infeliz de vida, (porque tempo é vida), o tempo que cada pessoa passa no trajecto casa-trabalho / trabalho-casa. Chegam a ser horas diariamente.
1 - Não serão os transportes públicos a solução?
Infelizmente, (ainda) não.
Em muitos casos, a nossa rede de transportes públicos entende-se mais propriamente como parte do problema do que da solução.
Há pessoas que não podem abdicar da viatura própria porque não existe transporte público que sirva aquele trajecto, ou porque não há compatibilidade com os horários praticados, ou ainda porque a viagem entre os pontos A e B implicam uma série surreal de transbordos que resultam numa perda inacreditável de tempo.
Quem não tem outra hipótese, conhece esta realidade, para além dos atrasos, greves e afins.
Hoje em dia, os preços dos transportes são também tão elevados que, este torna-se um bom argumento para não abdicar do conforto do próprio automóvel.
Embora sejam muito bons quando comparados com o que existe noutros países, ainda não se tornou possível desenvolver um modelo de transportes públicos suficientemente rápido, dinâmico, eficiente, confortável, de modo a ser visto como uma excelente alternativa ao carro para a maioria da população.
2 - A bicicleta
Nos últimos tempos houve um "boom" em relação ao interesse para com a bicicleta. Indo mais além da prática desportiva, há quem a use como meio de transporte, e nota-se o interesse de mais pessoas em querer usá-la para esse fim.
A bicicleta é o meio de transporte mais barato. Por 500 ou 600 euros adquire-se um modelo bastante decente. Quantia que significa apenas alguns meses de passe dos transportes públicos.
É também o mais saudável, e não polui.
Se não aumenta já de forma exponencial o uso da bicicleta para este fim é porque as empresas não possuem condições para tal.
A melhor empresa do mundo teria um estacionamento para bicicletas.
Onde estariam abrigadas das condições climatéricas, e em segurança.
A melhor empresa do mundo teria balneários completos.
Estes estariam equipados com zona de cacifos, duches, e sanitários.
3 - Mas decerto que nem todas pessoas pensam locomover-se em bicicleta. E as outras?
A melhor empresa do mundo possui um serviço de transporte colectivo para os seus funcionários.
Um autocarro de dois andares transporta simultaneamente cerca de 90 pessoas. Isso significa menos 90 viaturas na estrada, ou tornar disponíveis, para outros utentes e em determinado momento, 90 lugares nos transportes públicos.
Um autocarro de dois andares tem a mesma pegada ecológica que um autocarro de um só piso, que transporta cerca de 40 pessoas. Portanto é uma solução amiga do ambiente.
Significa uma solução económica, porque mesmo que cada trabalhador pagasse somente 50 euros pelo passe combinado dos transportes públicos, (que os há bem mais caros), uma empresa não gastaria 4500 euros por mês neste serviço.
Isto fazendo a conta a 50 euros por apenas 90 trabalhadores. Quanto mais pessoas a utilizarem o mesmo autocarro, maior a poupança.
Significa igualmente menos stress na vida dos funcionários. Como não vão a conduzir podem aproveitar a viagem para relaxar, ouvir música, ler, dormir.
Para os que teriam que andar de transportes, significa o fim das esperas ao sol, chuva e frio, dos atrasos, do perder os transbordos por um par de minutos.
4 - Como gerir os custos destes benefícios?
Reduzir custos é fundamental.
O primeiro passo, em relação aos autocarros do serviço de transporte colectivo de funcionários, é diagnosticar se é mais vantajoso para a empresa a aquisição dos mesmos, ou o aluguer.
Depois, a melhor estratégia para reduzir custos é rentabilizar esses benefícios.
Como?
Vendendo esses benefícios como serviço a outras empresas próximas geograficamente.
No caso do autocarro, significaria colocar à disposição das mesmas, o serviço de transporte colectivo dos seus trabalhadores, mediante pagamento. Praticando um preço per capita competitivo, mas que ainda assim, ajudaria a diminuir os custos com os benefícios que apresentamos aos nossos funcionários. Quem sabe até mitigá-los por completo, e gerar lucro.
Imaginem se todas empresas aderissem a este sistema. Autocarro a autocarro, viagem a viagem, estariamos a retirar centenas, milhares de veículos automóveis das estradas.
Que acham? Gostam da ideia? Gostariam de a ver implementada na vossa empresa?
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014
A melhor empresa do mundo #1: O horário de trabalho e a produtividade
Aqui há tempos falei-vos que um dos meus sonhos, (coisa improvável de suceder), que era ter o capital, (grana, pilim, carcanhol), necessário para abrir uma empresa, onde pudesse implementar as teorias que venho desenvolvendo ao longo dos anos sobre as mudanças que acho necessárias para a evolução da sociedade.
Como um estudo científico em ambiente controlado, numa espécie de placa de Petri, que, em caso de sucesso, poderia significar uma inspiração para um novo modelo vigente, quiçá global.
Podem ler o post aqui.
Serve esta nova rubrica para vos apresentar esses conceitos com mais detalhe.
- Na "melhor empresa do mundo", seria instaurado o horário semanal de 30 horas.
-Porquê? Qual a motivação?
Porque nada existe isoladamente no Universo. Todas as acções implicam obrigatoriamente reacções que vão para além de si. As repercussões das mudanças no ambiente laboral ecoam em todos os outros ambientes da vida humana. Deduzo logicamente que, se implementarmos mudanças positivas no universo do trabalho, colheremos frutos positivos nas restantes áreas.
A missão deste conjunto de medidas no ambiente laboral, é a longo prazo, construir um mundo melhor. Começar a fazê-lo em pequenos passos, porque não há que subestimar o efeito borboleta.
- Porquê as 30 horas?
Numa visão mais utópica, talvez possível daqui a 500 ou mil anos, eu defendo um horário de 20 horas semanais. 30 parece-me um meio termo fazível entre o que imagino como ideal, e o que seria possível implementar na nossa realidade.
Na minha visão, uma sociedade verdadeiramente avançada e produtiva, é aquela em que existe um elevado índice de auto-sustentabilidade, em que ninguém está totalmente dependente do salário como hoje em dia.
Para mim, as 20 horas estão longe de significar uma sociedade de gente dedicada ao dolce far niente. Pelo contrário, significa antes trabalhar 4 horas por dia numa qualquer empresa, e ter outras 4 horas diárias para dedicar à produção dos próprios alimentos na horta do agregado familiar, fazer a lida doméstica, participar activamente na educação dos filhos, e apoiar os idosos da família, e ainda poder seguir a sua vocação como segunda ocupação. Imaginem por exemplo, um mecânico de carreira, pintor de vocação; ou um designer cantor, um enfermeiro tecelão.
- Como seria implementado?
No momento da sua contratação, cada trabalhador teria a liberdade de escolher entre três modalidades de horário:
1) Ou trabalha 5 dias por semana, 6 horas por dia.
2 ) Ou, passa a ter 3 folgas semanais. Trabalhando 4 dias por semana, 7,5 horas por dia.
3) Ou ainda existe a opção de intercalar, entre semanas, a modalidade 1 e 2.
- Quais os benefícios para o trabalhador desta prática?
Em primeiro lugar, a liberdade de escolher a própria modalidade de horário de trabalho resulta numa maior harmonia entre o trabalho e as restantes faces da vida da pessoa.
Há que sublinhar que a estipulação das 40 horas semanais e das duas folgas foi um tremendo avanço civilizacional, e uma vitória. Hei-de vos trazer em breve mais sobre este tema, como era a vida antes das 40 horas, o enquadramento histórico, tudo isso.
As 40 horas permitem tripartir o dia em parcelas iguais para o trabalho, o descanso e actividades várias, inclusive de lazer.
Actualmente o ser humano é mais complexo, numa sociedade que também o é.
Como exemplo, se olharmos para os desafios da parentalidade, o passado e o tempo presente apresentam realidades muito distintas. Hoje em dia "cama, mesa e roupa lavada" fica muito aquém do que é exigido aos pais. Espera-se da parte destes uma participação extremamente activa na vida dos filhos, como nunca antes na história da nossa espécie, em casa, na escola, nas actividades extra-curriculares, etc.
E isso requer sobretudo tempo e disponibilidade, que se tornaria uma missão menos difícil com uma diminuição das horas dispendidas a trabalhar.
Em resumo, menor horário de trabalho significa mais tempo para a família, aumentando a qualidade das relações com os filhos, com a cara metade, significando também mais disponibilidade para os pais, para quem essa atenção será tão significativa no seu envelhecimento.
Tempo para si próprio em actividades de auto-realização sejam hobbies, prática desportiva, etc. Mais tempo para a gestão da casa e todas as burocracias da vida moderna.
Tempo para aprender, continuando a sua formação, o que resultará também num benefício para a própria empresa.
- Quais os benefícios para a empresa? Esta não veria a sua produtividade ameaçada?
"Produtividade é produzir mais em menos tempo, com menor custo e maior eficiência."
Estar presente não significa ser produtivo. O mesmo se pode dizer em relação às horas de trabalho: mais não significa melhor.
Felizmente já começam a existir empresas, também por cá, que o percebem.
Que proibem a presença dos empregados após o horário laboral.
Que em vez de aplaudirem aqueles que ficam até tarde, (o que tantas vezes significa dar graxa às chefias ao invés de produtividade, ou uma empresa esclavagista que conta com poucos para fazer o trabalho de muitos), entendem que tal significa que há um potencial problema que necessita de ser diagnosticado e resolvido o quanto antes. Que se interrogam em tal análise porque pessoa X não conseguiu cumprir os objectivos diários nas horas devidas. Objectivos demasiado ambiciosos? Falta de condições na empresa? Falta de know how ou motivação?
Assim se comportam as empresas da nova guarda!
Quando se fala em produtividade são factores como as boas condições de trabalho, a capacidade de motivar os trabalhadores, a existência de comunicação, o limitar a burocracia a um mínimo, a existência de infraestruturas e ferramentas adequadas, formação e know how, salutar ambiente de trabalho e a boa organização e gestão que contam.
Como empreendedora, consideraria o horário de 30 horas, um excelente investimento que me traria como retorno trabalhadores felizes, motivados, e dispostos a dar o seu melhor.
Que acham?
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