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terça-feira, 12 de julho de 2016

coisas de opinar: Anita comenta o Euro 2016



Quem me conhece minimamente sabe que, usualmente, sou daquelas pessoas totalmente avessas à cultura futebolística. Não sou de tal forma entusiasta que nem tenho um clube favorito e mal conheço os desportistas.
Basicamente é porque não tenho um pingo de pachorra para com discussões ou conversas sobre rivalidades clubísticas, ou para com a forma como há quem aproveite o contexto da festa desportiva para extravasar através de comportamentos excessivos e negativos, que vão desde a agressão física e verbal, ao consumo excessivo de álcool. O hooliganismo é dos comportamentos que mais nojo me mete.

No entanto abro uma excepção quando se trata da selecção nacional.

Quando um qualquer indivíduo ou equipa representa, numa qualquer competição internacional, as cores do seu país, não só incorpora os valores associados a essa prática desportiva, como se torna um símbolo nacional, tal como a bandeira, o hino, a figura do Presidente, etc.

Tendo sido a França o país anfitrião deste Euro, país de acolhimento de mais de 1 milhão de portugueses e onde reside a maior comunidade de emigrantes portugueses, foi impossível não perceber, através das imagens colhidas pelos repórteres, a grande importância dos símbolos nacionais, especialmente para os nossos emigrantes.

A nossa diáspora é imensa. Duvido que haja mais que uma mão de famílias portuguesas que não tenha ou não teve alguém emigrado. Logo, a empatia para com aqueles que se encontram fora do território nacional é muito fácil e poderosa.

Embora não perceba rigorosamente nada de futebol - sei o que é um penalti e ficamos por aí, - atrevo-me a apresentar-vos uma lista dos pontos negativos e positivos deste Euro, segundo moi-même.

Do que gostei:

- Cada discurso da nossa selecção servia para dar ênfase ao valor da equipa e do trabalho em grupo. Quando era mais que comum ver um qualquer jogador a dirigir elogios aos colegas. Da crença na vitória.

-  Das boas claques, como a irlandesa e a

- Da nossa vitória, como é óbvio, e da imensa festa de celebração.

- De ter sido uma época fantástica para o desporto nacional, também com grandes vitórias no atletismo, na canoagem, no ciclismo.


Do que não gostei:

- De como os adeptos ingleses e russos personificaram o que de pior existe no futebol. Os ultras polacos também foram repugnantes, e os franceses não foram melhores.

- Do mau jornalismo. O exemplo francês não foi o único, mas o uso da expressão "dégueulasse" ficará na memória como um momento muito infeliz e pouco profissional da parte de quem se diz ser um jornalista.

- Do mau perder dos franceses. Eu que não percebo nada de futebol, lá fiquei à espera que, após a final, os jogadores franceses engolissem as emoções por uns momentos, se endireitassem e fossem cumprimentar o adversário, numa demonstração, por mim esperada, de fair-play, cordialidade e profissionalismo. Nunca aconteceu. Uma pena.


Nunca encontrei utilidade no futebol. Desta vez pensei de forma diferente.

O nosso Presidente, o Professor Marcelo, disse, no dia da vitória da equipa portuguesa que no dia seguintes os emigrantes iriam para os seus locais de trabalho "20 centímetros mais altos", imunes à sobranceria com que são olhados, há décadas, pelos cidadãos franceses.
Há comentadores experientes e entendidos que se recusam, e muito bem, a retirar elações para além do jogo, mas na verdade houve muito boa gente que se apropriou dos acontecimentos do Euro como uma analogia da vida real.
Como se o futebol fosse a vida, e houvesse quem, olhando para nós, se lembrasse de nos adjectivar como "dégueulasse", nojentos, asquerosos, pequeninos, irrelevantes.

Depois foi um momento tipo David e Golias. Talvez um dia aprendam que dégueulasse é não saber perder, é a ausência de fair-play, de desportivismo, de humildade.

E como os pequeninos afinal são grandes, imensos, não haveria imagem mais perfeita e simbólica de tudo isto do que o pequeno miúdo português a consolar o adepto francês.






E hoje, em que a festa deu lugar ao tema de novas sanções a Portugal e Espanha, gostaria que continuássemos em jogo, a trabalhar como equipa, a elogiar o colega, a acreditar na vitória, e a mostrar uma tremenda empatia para com todos aqueles que se cruzam connosco, mesmo que nos olhem de cima. Especialmente quando nos olham de cima. Esta é a grandeza de ser pequeno.




quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Desejo de ano novo #2



Ver, com estes olhinhos, as mais diversas e nobres causas solidárias receberem METADE da atenção, energia e dinheiro que a nossa sociedade dedica ao futebol.

Só metade dos 400 milhões de euros que a NOS gastou na compra dos direitos televisivos do Benfica, somada à metade dos 500 milhões que se pensa que a mesma entidade pagará ao Sporting, daria para realizar verdadeiros milagres.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

cromices #86: Cenas que acontecem a uma pessoa que não liga a futebol



Por estes dias, um amigo publicou no facebook algo como "hahaha Arouca".

Dei um "like".  Ora para mim, que não sigo futebol, a mensagem descodificava-se como "estou em Arouca e a divertir-me à brava!".

Ainda bem que não lhe perguntei como estavam a ser as férias.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Hooliganismo - tolerância zero!






Hooliganismo é uma expressão derivada do inglês "hooligan" que significa "vândalo". É usada geralmente para descrever um comportamento destrutivo e violento por parte de adeptos desportivos.


Por acaso, é até bastante adequado que se use uma palavra de origem inglesa para apelidar este problema, visto que o hooliganismo teve a sua origem naqueles lados e, ainda hoje, os adeptos ingleses mantêm a pior reputação à escala global, bem justificada diga-se.


Eu odeio hooliganismo. Este tipo de comportamento perverte e conspurca o desporto, qualquer que este seja.
Nem todos os adeptos são hooligans. E eu diria que os hooligans não são verdadeiros adeptos, embora gostem de se considerar os maiores fãs do seu clube.
Na minha opinião, são bestas, que encontram dentro do desporto, um espaço onde expressar o seu apetite pela violência, destruição e caos, destruindo o próprio desporto que dizem amar.


Um amigo contou que, na noite de ontem, após o jogo entre o Sporting e Schalke 04, equipa alemã de Gelsenkirchen, (que a equipa portuguesa ganhou, com um resultado 4-2), estava ele num estabelecimento do Bairro Alto, quando foi surpreendido por vários carros que circulavam em sentido contrário porque tentavam escapar de uma manada de adeptos alemães, que à sua passagem atiravam "pedras, garrafas, tudo...". O resultado foram estragos, muitos. Carros vandalizados, com vidros partidos, amolgados.
Se não aconteceu algo ainda pior, digo eu, é porque entretanto a polícia perseguiu-os à bastonada.




Para quem me considerar pessimista - afinal, que mal tem demonstrar um amor fervoroso pelo seu clube, não é?! - deixo-vos com um breve vídeo sobre o trágico dia de 29 de Maio de 1985, onde o jogo entre o Liverpool e a Juventus, no estádio Heysel na Bélgica, terminou, graças ao hooliganismo, em 600 feridos e 41 mortos.
(Atenção que este vídeo tem algumas cenas que podem ferir a susceptibilidade dos mais sensíveis, mas partilho-o porque acho tremendamente necessário dar a conhecer a verdadeira expressão do hooliganismo, para que finalmente se compreenda que isto não é uma questão menor.)













Acho que por aqui somos demasiado brandos a lidar com esta situação. Que, como todos os problemas, também a cura para o hooliganismo passa por atacar o problema na raíz, e não só focar nos sintomas.


Acredito que as sanções para este tipo de comportamento deveriam ser tão penosas e brutais que os fizesse realmente pensar duas vezes antes do acto. Deixá-los mesmo bambos das pernas só de pensar nas consequências, como decerto devem ficar os correios de droga quando se imaginam a passar por Singapura. Isto, sem a pena de morte, como é óbvio.


À turba de adeptos alemães que ontem à noite provocaram estragos em Lisboa, era prendê-los. Em troca da liberdade teriam que pagar a factura. Esta incluiria não só os estragos que causaram, como todas as despesas que resultaram das suas acções, inclusive processos judiciais, horas de trabalho das forças de segurança pública e todos os outros envolvidos, e todos os gastos que o Estado Português teve com a sua detenção, ao cêntimo, desde refeições, duches, electricidade, tudo.


Depois era escoltá-los, algemados, até embarcarem com destino à terra deles, ficando identificados como "personas non gratas" em território nacional, por um período de tempo, ou para sempre, conforme a gravidade das suas acções.




Para deter o hooliganismo é absolutamente necessária uma concertação entre Estado, Sociedade, clubes desportivos e restantes adeptos.


Acredito que só acções drásticas como um adepto culpado de hooliganismo ser considerado "persona non grata", repudiado pelo próprio clube; identificado numa base de dados, uma espécie de lista negra, e ver-se impedido de se associar a qualquer outro clube e de participar em qualquer evento desportivo, poderão contribuir para erradicar este problema.


Se o problema é o consumo excessivo de álcool e estupefacientes nos eventos, proíba-se o consumo deste nos recintos. Sejam impedidos de entrar aqueles que já lá chegam sob o efeito dos mesmos.




Os clubes participariam destas acções? Sem dúvida, mesmo que tivessem que ser coagidos.


- Hooligans como sócios? Ninguém joga até se resolver a situação.


- Venda de álcool no recinto? Multa pesada. Não há actividades neste enquanto esta não for paga, e a situação resolvida. Quanto mais demorarem, mais juros pagam. Não voltará a haver jogos acompanhados de cerveja fresquinha enquanto o hooliganismo não for erradicado.


- A equipa ganhou, e os adeptos festejam fervorosamente nas ruas, deixando uma onda de destruição e vandalismo? Vitória anulada. Assim talvez todos percebessem que ser hooligan não é sinónimo de amar o desporto e o seu clube, pois este tipo de comportamento significaria ser o responsável directo pela sua derrota.




Para concluir, o hooliganismo pesa no bolso de todos os contribuintes. Para cada jogo que ocorre, são tomadas medidas extraordinárias por parte das forças de segurança pública, e isso sai-nos do bolso. É dinheiro dos impostos que poderia ser direccionado para coisas de jeito, como saúde ou educação, ou tantas causas que bem precisam de um investimento, mas que por causa da bestialidade de alguns tem que ser utilizado para este fim.
Pois então, que sejam os clubes desportivos a pagar esta factura. Se se recusarem, não há jogos para ninguém.







terça-feira, 17 de junho de 2014

Portugal - Alemanha




Uma derrota é apenas uma derrota. Coisa pouca. As competições são mesmo assim.


Aos olhos de uma optimista incansável, como eu, as batalhas perdidas têm o seu lado bom: quando aproveitadas há lições aprendidas e uma descarga de energia que nos impele a fazer mais e melhor, a dar tudo por tudo, para não voltar a sentir aquele amargo na boca.


Em todos os jogos, a competição acontece em dois planos: no marcador e na atitude.


Haja fair play, profissionalismo, desportivismo, cortesia, entrega, mestria no que se faz, trabalho em equipa por parte de ambas as equipas e em boa verdade, ambos sairão vencedores do recinto.


Isto é o que penso. Mas que sei eu, que nem gosto de futebol, nem via um jogo há anos?!





segunda-feira, 21 de abril de 2014

Um post sobre futebol





Há um equilíbrio subjacente a todas as coisas.


Assim, de forma a compensar a existência de indivíduos fanáticos por futebol, existem pessoas como eu, que se estão de tal forma a marimbar, que tudo o que exista relacionado com tal tema é ignorado e passa ao lado.


Honestamente, acho que não assisto a um jogo desde 2004.




Aliás, não fosse deparar-me com as imagens na tv do aglomerado de gente no Marquês durante um zapping muito rápido, e o desvario de publicações alusivas ao tema no facebook, e nem saberia que houve um campeonato da coisa.