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segunda-feira, 20 de julho de 2015
Vida de cão #25: Kiko na Feira Quinhentista
Durante a semana passada, entre Quinta e Domigo, ocorreu mais uma edição da Feira Quinhentista em S. Pedro de Sintra.
É um evento que, para meu agrado, se vem repetindo todos os anos, pois adoro Feiras Medievais.
Do que mais gosto desta feira medieval é que, em todos os anos, há sempre um pormenor que a torna melhor que o ano anterior.
Gosto de todo o conjunto formado pela animação de rua - os actores trajados com laivos de caricatura que se vão metendo com os visitantes, os malabaristas que brincam com fogo, os músicos; com as barraquinhas de artesanato, especialmente aquelas onde se demonstram os ofícios, como no caso do cesteiro. Dos comes, ou não fosse eu daquelas pessoas que se atraem pelo estômago. Se bem que este ano dei pela falta do cantinho das Filhós de Antigamente.
Dos animais: da rapariga que passeava um bando de gansos amestrados, que a seguiam como um rebanho, obedientes ao som do apito.
Este ano levámos o Kiko connosco. Por toda a profusão de estímulos já sabiamos que iria ser uma experiência excitante. Não gostou muito do barulho, mas em compensação adorou os cheiros que chegavam dos grelhadores e fornos de pão, assim como a quantidade de pessoas em seu redor.
O ponto alto da tarde foi um momento que nem nós poderiamos antecipar: tornou-se amigo de um porco. O porco Simão que pensa que é cão.
Sim, um porco! Daqueles cor de rosa com nariz de tomada. Cheiraram-se e deram ambos à cauda. O Kiko com a sua cauda espanador, e o Simão a abanar o saca-rolhas.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Red Bull Flugtag
Dia 6 foi dia de Red Bull Flugtag na Baía de Cascais.
O dia estava bonito e o conceito do evento é engraçado o suficiente para justificar a ida.
O truque de se ir a qualquer tipo de evento ou local que atraia multidões é, achamos nós, contar que a preguiça é uma constante na equação do comportamento alheio. Se combatermos a preguiça que também nos é natural, estamos a meio caminho do sucesso.
Ok, isto traduzido por miúdos significa: estacionar o carro longe, à maior distância que as perninhas e a paciência tolerarem.
Para nós este lema de vida funciona. Temos paciência para caminhar. Em compensação não sobra nem um pinguinho da mesma para confusões, e filas de trânsito descomunais, por isso mesmo fazemos o máximo possível por evitá-las.
Faltou-nos chegar à baía de Cascais com a antecedência ou a pontualidade devidas, e embora o ambiente estivesse agradável e descontraído, entre procurar um lugar nas poucas sombras existentes e o tentar conseguir ver alguma coisa acabámos por desistir após duas participações.
O dia estava demasiado bom para ficar a olhar para as nucas de estranhos, e ter toda a gente de olhos pregados no evento, assim como o facto de haver algumas restrições ao trânsito por causa do mesmo, deram-nos um dia bestial para passear pela vila.
A vila de Cascais é bem bonita, e faz parte da minha vida desde que nasci, embora nos últimos anos tenha lá passado tão pouco tempo.
Pois essa tarde entre as ruas do centro histórico, o farol de Sta Marta, o jardim Visconde da Luz, o Parque Marechal Carmona, a Boca do Inferno, passeando calmamente e esplanando longe do bulício, fizeram-me lembrar de tudo o que gosto em Cascais.
Quanto ao Red Bull Flugtag, não se perdeu nada, há sempre os vídeos que registaram a coisa.
domingo, 1 de junho de 2014
domingo, 6 de outubro de 2013
Rota dos Intas: Luso - onde as andorinhas são felizes (I)
Existem pessoas para quem as férias não acontecem em Agosto, nem envolvem, obrigatoriamente, destinos de praia.
Nada contra Agosto nem contra praia. Mas, existe uma miríade de prazeres que se estende ao longo das quatro estações.
E quem se predisponha a conhecer o nosso país, não ficará certamente desapontado com a multiplicidade de destinos aliciantes.
Férias são férias, e sabem sempre bem. E Outubro, mês outonal, tem os seus méritos.
Para além da beleza bucólica da estação, os destinos turísticos já não estão a abarrotar de gente , (o que arruinaria o nosso conceito de busca de sossego), e a cereja no topo do bolo é, pagar preços de época baixa, que se inicia na maioria das unidades hoteleiras no mês de Outubro.
Para estas férias a escolha recaiu sobre a Vila do Luso.
Para nós, que partimos em busca de contacto com a Natureza, de sossego e serenidade, de boa gastronomia, com o intuito de recarregar baterias, garanto-vos que foi uma escolha feliz.
Esta pequena vila turística do concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, fica a cerca de 250km de Lisboa, cerca de 100km do Porto, e a 30km de Coimbra.
Li algures, durante a nossa estadia, que Saramago, o "nosso" Nobel da Literatura, terá dito que "não existem palavras que descrevam o Luso".
A Vila do Luso é de todos os locais que já visitei, aquele em que encontro mais semelhanças com a Vila de Sintra. Em ambas encontramos o verde exuberante, o traçado arquitectónico de alguns edifícios e villas que cativam o olhar.
É a Vila que dá nome à conhecida água mineral, onde existem as Termas de Luso.
O edifício do Grande Hotel de Luso, obra do arquitecto Cassiano Viriato Branco, datado de 1940, é visível de qualquer ponto da Vila, qual esfínge do modernismo da primeira metade do séc. XX.
Estar no Luso, é sentir a tranquilidade a apoderar-se de nós, a transformar-nos os gestos, a noção de tempo. É encontrar prazer nas vistas, degustá-las. Fazer por imitar as pessoas da terra na brandura e calma. Trocar palavras, e saber que há quem não trocaria a vida ali por coisa alguma.
Que há gente que nunca se apaixonará pelas cidades, que olham meio condoídos para quem vem das urbes e, que de alguma forma, transparece nos gestos a vocação de querer curar as maleitas urbanas dos turistas.
Estar no Luso, durante a semana, é passear na maior avenida e precisar somente dos dedos de uma mão para contar os carros que a cruzam simultaneamente.
É estar sempre a dois passos de um jardim, onde os locais se dirigem para praticar exercício físico, onde patos grasnam alegremente na nossa direcção à espera de uma qualquer guloseima.
É olhar para o relógio e perguntar como será possível já ter passado uma ou duas horas, quando foi somente há instantes que nos sentámos na esplanada.
É ver alguns edifícios espalhados pela Vila, de bonita traça, fechados, que já foram pensões ou outra coisa qualquer, e ficar feliz por estar a haver obras de melhoramento. Porque o Luso fez-nos bem, queremos que continue a existir, próspero e sossegado, porque havemos de voltar.
Porque afinal, em lado algum vi andorinhas tão felizes, em acrobacias prodigiosas, entre as varandas do hotel.
(nos próximos posts, onde ficar, o que visitar, e onde comer)
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