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terça-feira, 18 de julho de 2017
Sabedoria dos intas em 10 segundos #43
Por cá não mora gente ciumenta. Por cá mora quem não tem pachorra para com gente ciumenta.
Não me canso de dizer que ciúme não é uma qualidade afectiva, mas um nariz ranhoso, uma dor de cabeça, uma obstipação. Ou seja, um sintoma que demonstra que se sofre de um, dois ou dos três seguintes males:
1) Imaturidade emocional;
2) Doença psicológica;
3) Presença de pessoas tóxicas;
Não vale a pena aprofundar as duas primeiras alíneas.
Quanto à terceira, a cura passa por uma dieta. Tão simples quanto isto:
- Se sentem que têm motivos para ter ciúmes porque a pessoa com quem estão não é efectivamente de confiança, então porque estão com alguém em quem não podem confiar?
- Se no vosso círculo social existe aquele/a cromo/a que se esquece do mandamento fulcral que dita que pessoa comprometida passa a ser assexuada, e gosta de mandar charme a torto e a direito, qual barro contra a parede, não acham que já têm idade para saber escolher melhor os/as amigos/as?
O mundo divide-se também na perspectiva que se tem sobre os ciúmes. Há quem diga que é especiaria que apimenta a relação, eu digo que não é mais nem melhor que pimenta no cu.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Lições dos intas #2: Este Halloween ficará na História...
Não na História do Mundo, mas na minha, com toda a certeza.
Passo a explicar.
Começo por vos colocar uma questão: que tipo de pessoas são vocês enquanto consumidores? São daquelas pessoas capazes expressar no momento o vosso desagrado com o produto ou serviço, ou ficam calados, e ficam a remoer no descontentamento, a pensar que deveriam ter dito ou feito algo, mas que sentem que não possuem feitio para tal?
Pois bem, nós por cá sempre pertencemos ao segundo perfil. Ficávamos aborrecidos quando a coisa não corria bem, às vezes ao ponto de riscarmos determinado estabelecimento da nossa lista, mas não tínhamos em nós o à-vontade para expressarmos a nossa insatisfação com a clareza desejada, naquele exacto momento. É acima de tudo uma questão de feitio.
Mas as pessoas mudam com o tempo, e tornam-se capazes de gestos que nunca pensaram ser possíveis. E ainda bem.
De vez em quando vamos dar uma volta diferente com o Kiko e aproveitamos para passar na pizzaria do costume, para encomendar o jantar.
A rotina é sempre a mesma: o marido fica na rua com o cão enquanto eu vou fazer o pedido. Dão-me o talão e informam-me que em 10-15 minutos o pedido estará pronto. Tempo que usamos para dar mais voltinha antes de regressar à loja.
Às vezes as coisas atrasam-se. Por vezes são pequenos atrasos, outras, atrasos monumentais. Daí ser algo que normalmente não fazemos em dias de grande afluência.
Embora o restaurante estivesse quase às moscas, pelos vistos havia um grande número de encomendas ao domicílio, o que desnorteou por completo a equipa.
Lá fiquei eu ao balcão, sempre amável e serena, (porque estas coisas acontecem, e não seria a ausência de serenidade que faria as nossas pizzas aparecerem mais rapidamente), durante o que foi, no total, uma hora, ou quase.
Entretanto já a gerente tinha tido a amabilidade de me pedir desculpa pelo atraso, explicar-me que tiveram que refazer todos os pedidos, porque entretanto haviam perdido o fio à meada sobre a quem pertencia cada pizza.
É claro que fui compreensiva. Mas, paralelamente, deu-se um clique: sim, - pensei para com os meus botões - tenho empatia e compreensão por eles, mas isso não faz com que tenha que desvalorizar o facto de estar há uma hora à espera. Uma coisa não anula a outra. Não quero sair daqui chateada, nem ficar a remoer no assunto, portanto sinto que tenho que ser compensada. O consumidor não tem culpa da desorganização, por mais compreensivo que seja.
Então, pela primeira vez na minha vida, saiu-me algo que nem eu estava à espera.
Quando a gerente me veio entregar o pedido, perguntou se estava tudo, se era necessária mais alguma coisa, ao que eu respondi com a maior da latas: "Sim, uma bebida de oferta caía muitíssimo bem!"
Assentiu com um "claro!" e perguntou-me qual era a minha preferência.
Despedimo-nos amavelmente.
E como não me caiu nenhum raio em cima, nem fiquei com nenhuma dor, nem algo que se pareça, percebi que afinal não é difícil como julgava esta postura de ser clara, logo no momento e no local. Sobretudo que esta passará a ser a minha postura.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Lições dos intas #1
Demorei mais de 30 anos a aprender (e a apreender) que quando um conhecido nos aborda, mesmo que amavelmente, para uma qualquer conversa que começa com "a única coisa má no tempo do Salazar...", a coisa mais inteligente a fazer é engolir o café, ao balcão, mesmo que me escalde as beiças, e despedir-me o quanto antes.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Sabedoria dos Intas em 10 segundos #15
Abri o Bhodhicaryavatara de Shantideva:
" 114 - Interessamo-nos pelos membros como partes do nosso corpo, porque não pelos Homens como parte da Humanidade?
115 - Por hábito aplicamos esta ideia de "eu" a este corpo sem alma, porque não aos outros?
116 - Desta maneira, se fazemos bem aos outros, não sentiremos nem orgulho nem complacência. Ninguém está à espera de ser recompensado por se alimentar a si mesmo.
117 - Tal como tens vontade de te defender contra a mais pequena ofensa, é indispensável que o pensamento de protecção e de bondade para com os seres se torne em ti um habito. "
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Sabedoria dos intas em 10 segundos #14
Abro o livro "Meditação - A primeira e última liberdade" de Osho, e salta isto:
"Dizer "sim" à vida é ser religioso; dizer "não" à vida é ser não-religioso. E sempre que deseja alguma coisa está a dizer "não". Está a dizer que alguma coisa melhor é possível.
As árvores são felizes e os pássaros são felizes e as nuvens são felizes - porque não têm devir.
São simplesmente o que quer que sejam.
A roseira não tenta ser um lótus. Não, a roseira é absolutamente feliz por ser uma roseira. Não pode persuadir uma roseira, não será capaz de corromper a mente da roseira por forma a tornar-se um lótus. A roseira não fará mais que rir - porque a roseira é uma roseira. Está simplesmente fixada e centrada no seu ser. É por isso que toda a Natureza é desprovida de febre: calma e quieta e tranquila. E estabelecida!
Somente a mente humana está num caos, porque toda a gente anseia ser outra pessoa qualquer. É isto que tem feito ao longo de mil e uma vidas. E se não despertar agora, quando é que pensa despertar? Já está maduro para o despertar."
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Sabedoria dos Intas em 10 segundos #13
Que sejam cada vez mais os dias em que o coração é uma máquina de bem querer.
Assim seja!
sábado, 2 de novembro de 2013
Sabedoria dos intas em 10 segundos #12
A evolução da Humanidade está na mão das vítimas.
Aos agressores espera-os a morte, com ou sem redenção. Se houver transmutação, morre o agressor antes da pessoa que o carrega. Se não, o dia da morte de um, será inevitavelmente a do outro. Ponto. Pó. Fim.
Às vítimas, cabe-lhes a decisão mais crucial de sempre, para elas e todos nós: quebrar o ciclo de agressão, ou deixarem-se contagiar pela bestialidade, ocupar o lugar do agressor.
Não há Ser mais forte do que a vítima que decide não continuar o ciclo que o agressor lhe testemunhou. Serão estes os construtores de um Mundo sem agressores e sem vítimas.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Sabedoria dos intas em 10 segundos #11
A "Pessoa Feliz" é facil e erradamente subestimada.
Confunde-se a ausência de queixume, a presença de Luz pessoal e sorrisos, com ausência de dor ou dificuldade. Que a sua felicidade nasceu da sorte, da coordenação perfeita e aleatória das circustâncias que parecem rodeá-la. Que há-de ter nascido com o "cu virado para a lua" e assim qualquer um seria feliz!
Mas, a Felicidade nunca deriva da inércia. É fruto da auto-disciplina.
A "Pessoa Feliz" assumiu um compromisso pessoal. Honrá-lo implica mudar o seu íntimo, em todos os planos de existência em que se desdobra o ser humano. Isso demonstra uma grande capacidade de adaptação, sobrevivência, força de vontade, disciplina, coragem.
Porque quando chove, todos se molham. A diferença está sobretudo na atitude.
domingo, 6 de outubro de 2013
Rota dos Intas: Luso - onde as andorinhas são felizes (I)
Existem pessoas para quem as férias não acontecem em Agosto, nem envolvem, obrigatoriamente, destinos de praia.
Nada contra Agosto nem contra praia. Mas, existe uma miríade de prazeres que se estende ao longo das quatro estações.
E quem se predisponha a conhecer o nosso país, não ficará certamente desapontado com a multiplicidade de destinos aliciantes.
Férias são férias, e sabem sempre bem. E Outubro, mês outonal, tem os seus méritos.
Para além da beleza bucólica da estação, os destinos turísticos já não estão a abarrotar de gente , (o que arruinaria o nosso conceito de busca de sossego), e a cereja no topo do bolo é, pagar preços de época baixa, que se inicia na maioria das unidades hoteleiras no mês de Outubro.
Para estas férias a escolha recaiu sobre a Vila do Luso.
Para nós, que partimos em busca de contacto com a Natureza, de sossego e serenidade, de boa gastronomia, com o intuito de recarregar baterias, garanto-vos que foi uma escolha feliz.
Esta pequena vila turística do concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, fica a cerca de 250km de Lisboa, cerca de 100km do Porto, e a 30km de Coimbra.
Li algures, durante a nossa estadia, que Saramago, o "nosso" Nobel da Literatura, terá dito que "não existem palavras que descrevam o Luso".
A Vila do Luso é de todos os locais que já visitei, aquele em que encontro mais semelhanças com a Vila de Sintra. Em ambas encontramos o verde exuberante, o traçado arquitectónico de alguns edifícios e villas que cativam o olhar.
É a Vila que dá nome à conhecida água mineral, onde existem as Termas de Luso.
O edifício do Grande Hotel de Luso, obra do arquitecto Cassiano Viriato Branco, datado de 1940, é visível de qualquer ponto da Vila, qual esfínge do modernismo da primeira metade do séc. XX.
Estar no Luso, é sentir a tranquilidade a apoderar-se de nós, a transformar-nos os gestos, a noção de tempo. É encontrar prazer nas vistas, degustá-las. Fazer por imitar as pessoas da terra na brandura e calma. Trocar palavras, e saber que há quem não trocaria a vida ali por coisa alguma.
Que há gente que nunca se apaixonará pelas cidades, que olham meio condoídos para quem vem das urbes e, que de alguma forma, transparece nos gestos a vocação de querer curar as maleitas urbanas dos turistas.
Estar no Luso, durante a semana, é passear na maior avenida e precisar somente dos dedos de uma mão para contar os carros que a cruzam simultaneamente.
É estar sempre a dois passos de um jardim, onde os locais se dirigem para praticar exercício físico, onde patos grasnam alegremente na nossa direcção à espera de uma qualquer guloseima.
É olhar para o relógio e perguntar como será possível já ter passado uma ou duas horas, quando foi somente há instantes que nos sentámos na esplanada.
É ver alguns edifícios espalhados pela Vila, de bonita traça, fechados, que já foram pensões ou outra coisa qualquer, e ficar feliz por estar a haver obras de melhoramento. Porque o Luso fez-nos bem, queremos que continue a existir, próspero e sossegado, porque havemos de voltar.
Porque afinal, em lado algum vi andorinhas tão felizes, em acrobacias prodigiosas, entre as varandas do hotel.
(nos próximos posts, onde ficar, o que visitar, e onde comer)
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