quinta-feira, 28 de março de 2019

coisas de comer: Olhó cornetto vegan e sem gluten!



Encontrámo-la na zona dos congelados, rodeada de outros gelados, esta caixa verde, com quatro cornettos da Olá, veganos e sem glúten. Decidimos experimentar, e agora não me apetece outra coisa.
A única diferença deste para com o cornetto tradicional é o tamanho, que estes são um pouco mais pequenos, o que os torna ideais para comer como sobremesa, o gelado é de soja mas sabe-me ao de sempre, com a vantagem de ser menos gorduroso, "gordo", que era o principal motivo porque não tinha muita vontade de comer gelados nos últimos anos.
O cone continua estaladiço, com o fundo recheado de chocolate, como se quer neste gelado que já vem do tempo da carochinha e faz parte das nossas memórias de infância.


Quando os homens falam de amor #104








coisas de opinar: O primeiro milagre da Medicina é o diagnóstico.



Identifico três grandes milagres no campo da Medicina: o diagnóstico, a prevenção e a cura.
Face aos outros dois, o diagnóstico até pode, numa primeira leitura, parecer o parente pobre da família, mas tenho cá para mim que o conhecimento será sempre mil vezes melhor que a ignorância, em todos os campos da existência.

Claro que o desejável é ter a saúde a 100%, mas quando tal não acontece não há nada pior que desconhecer a maleita e como lidar com ela.

E foi por pensar assim que em Outubro passado, aquando uma ecografia à tiroide, o médico, com a discreta comoção que já lhes reconheço quando têm que passar uma informação menos positiva, mas que se denuncia pelo olhar que fica mais brilhante e húmido, solta um quase solene "Lamento, mas posso confirmar que a senhora sofre de tiroidite."
Imediatamente tenta aligeirar com um "Mas não preocupe. Eu também tenho, e garanto-lhe que é perfeitamente possível ter qualidade de vida, levar uma vida bastante normal. Basta um comprimido por dia e alguns cuidados. A sua médica especialista depois explica-lhe tudo."

Eu estava estupidamente calma. Por incrível e louco que pareça, mais calma até de quando, dias antes, havia feito uma ecografia às pernas, por medo de lá existir um qualquer coágulo, e não aparecer nada, absolutamente nada, que justificasse os episódios de edema e as dores.

E enquanto limpava o pescoço daquele gel das ecos, dei por mim a tranquilizar o médico "Não se preocupe. É uma boa notícia, e estou feliz. A sério que estou. Pelo menos agora sabemos do que se trata."

Não menti. Estava feliz por finalmente ter uma resposta. De tal maneira que em modo de despedida lhe apertei entusiasticamente a mão, e só reparei naquele segundo que o estava a besuntar de gel.



quarta-feira, 20 de março de 2019

coisas de comer: Raia no forno


Safo-me razoavelmente bem na cozinha, excepto quando se trata de doces.
Sou uma nulidade em pastelaria, e sei bem o motivo: não consigo seguir uma receita à risca nem que a minha vida dependesse disso. Antes de fazer algo sou bem capaz de pesquisar um par de receitas, para depois acabar por não seguir um único passo do lá vem.

A pastelaria é uma arte que requer precisão e método, e isso não é para mim, que sou pessoa de cozinhar por olhómetro e instinto. Aliás, o meu maior prazer na cozinha reside em simplesmente olhar para o que há naquele momento em casa, e jogar com aqueles ingredientes, sem planos.

Felizmente a liberdade criativa do método sem método funciona na cozinha, bolos à parte.

No outro dia trouxemos dois belos nacos de asa de raia, já limpos e preparados.
Embora seja algo que o meu marido aprecia, acho que nunca tinha cozinhado raia.

Pesquisei um par de receitas e, como de costume, não me apeteceu fazer nada do que lá vi.

Foram simplesmente ao forno com algum azeite virgem, alho, orégãos, sal, pimenta e sumo de limão.
Foram à mesa acompanhadas com uma dose generosa de salada.

Simples e bom. Muito bom.




quinta-feira, 14 de março de 2019

Vida de cão: Viva o conforto.


Por enquanto as noites ainda sabem melhor com edredões a dobrar na cama.

Um dos sinais que o nosso pequeno grande mundo gira em redor do Kiko, é que sua Alteza decidiu que o seu lugar preferido para dormir é entre nós, enfiado entre os dois edredões.
O miúdo é esperto: não só gosta de conforto, como percebe da poda, - apoia a pequena cabeça na ponta da minha almofada, ergonómica viscoelástica trinta por uma linha que só falta fazer pipocas.
Apalpo o ar na direcção da mesinha de cabeceira, à procura do botão para desligar o candeeiro. Mal a luz se apaga, o puto, este meio canino meio humano, solta um suspiro profundo de pura satisfação com a vida, para segundos depois começar a roncar que nem um tractor.

A vida é boa.



segunda-feira, 4 de março de 2019

coisas de comer: a lei de Murphy aplicada à batata frita


Uma das regras cá de casa é que por aqui não se fazem fritos. Não há uma única embalagem de óleo alimentar na despensa, nem fritadeira.

Odeio o cheiro a fritos, os salpicos, e o exercício de lavar fritadeiras. Nheca, nheca, nheca!

Esta regra também ajuda a limitar os apetites por coisas menos saudáveis, e todos sabemos que os fritos são a epítome da alimentação pouco saudável. Deve ser por fazerem tão mal que são tão saborosos.

Dito isto, confesso que tenho um fraquinho por batata frita. Adoro! Desde que não sejam salgadas nem gordurosas, nem com sabores demasiado artificiais.

Quando nos dá o apetite por batata frita recorremos às de pacote. E foi preciso procurar, experimentar várias marcas, vários sabores, até encontrar a que considero a melhor batata frita de pacote de sempre.
São batatas fritas artesanais, sem sal, nem um grãozinho sequer, de uma marca inglesa - as naked da Tyrells. Fininhas, crocantes, e ao contrário do que me acontece com a grande maioria das batatas fritas de pacote, consigo sentir e apreciar o sabor da batata porque este não está camuflado por carradas de sal, ou pózinhos que visam dar um qualquer sabor seja a ketchup, queijo, bacon, vegetais, trinta por uma linha, mas que para as minhas papilas gustativas sabem somente a químicos. Semelhante a quando entra um bocado de shampoo para a boca.

E agora que encontrei as naked da Tyrrells, que me enchem a medida, que me sabem pela vida, deixei de as encontrar à venda!

Gostava tanto que as marcas portuguesas se apercebessem que também existe espaço no mercado para batata frita sem sal.
Que estas seriam procuradas por quem, por motivos de saúde, não pode consumir sal em quantidades significativas, ou por quem aposta em escolhas mais saudáveis por motivos preventivos ou de estilo de vida, ou ainda por quem quer saborear os ingredientes na forma mais natural possível, sem grandes artifícios.






domingo, 3 de março de 2019

coisas da casa: Um par de dicas para poupar água


Recentemente a entidade que gere a água cá da zona decidiu começar a colocar nas facturas a informação sobre a quantidade de água consumida, com a intenção de sensibilizar a população para o aspecto ambiental do consumo deste recurso, que nada mais é que uma das maiores riquezas do planeta, essencial à vida.

Nós que não somos perfeitos, longe disso, mas que até temos alguma consciência ambiental e alguns cuidados, ficámos chocados com os 9 metros cúbicos, ou se preferirem, 9 mil litros de água que consumimos.
Desafiámo-nos a fazer melhor.

Adquirimos, finalmente, o hábito de recolher para um balde a água do início dos banhos, aquela que simplesmente era desperdiçada durante o tempo em que a água demora a aquecer para uma temperatura agradável.
Depois de se adquirir o hábito não custa nada.
Cá em casa são uma mão cheia de banhos por dia, já que também se lavam as patas e outras partes ao cão depois de cada passeio, e nem ele aprecia banhos de água fria.
De cada vez que se abre a torneira da banheira, até a água atingir uma temperatura amena, desperdiçava-se uma quantidade do precioso líquido entre meio balde a um balde cheio, ou seja entre 5 a 10 litros, vezes cinco banhos diários - 25 a 50 litros, por semana 175 a 350, por mês 700 a 1400...
Esses litros são agora aproveitados sobretudo para descargas na sanita, mas podem servir para tantas outras coisas seja lavar o chão, regar as plantas, etc.

A segunda dica é trocar o chuveiro por um que tenha a opção "eco", que não é mais que um botão que reduz o caudal, tão útil quando nos estamos a ensaboar.
Estes chuveiros encontram-se com facilidade em lojas tipo Leroy Merlin, e há variados modelos com esta opção, a partir de um valor tão simpático como 10 euros, para quem só quiser trocar o "telefone" do chuveiro.







sexta-feira, 1 de março de 2019

coisas da casa: E que tal um tecto em azul céu e uma parede azul marinho?


Ando com ganas de dar uma reviravolta cá por casa, o que não é nenhuma novidade, já que é um estado quase constante. Este apetite piora de cada vez a que assisto a programas de design de interiores ou arquitectura.

Gosto de cor, ou melhor, adoro cor e como esta pode ser usada como o principal elemento decorativo. A cor tem o poder de influenciar emoções, vibrações, estados de alma, e também por isso não devemos descurá-la.

Consegui converter o marido em relação a cores aparentemente mais ousadas nas paredes quando pintámos o escritório de laranja. Todas as quatro paredes num glorioso laranja que de alguma forma me faz lembrar as vestes dos monges budistas. Embora seja uma cor intensa, não nos faz sentir oprimidos.
Pelo contrário, a sensação é de aconchego, zen, contentamento, boas energias.
Alguns anos depois desta transformação continuo muito satisfeita. Uma das grandes vantagens é que as paredes de cores mais chamativas obrigam-nos a percorrer os olhos pela divisão, em toda a sua extensão, do chão ao tecto, ao invés de ficarmos visualmente presos, neste caso, às estantes carregadas de livros, ou à secretária mais ou menos caótica, dependendo dos dias.

Vale a pena ter a coragem de usar cor. E estou tão feliz de não me ter acobardado em relação ao laranja. Todos duvidavam. Inclusive o funcionário da loja de tintas que me perguntou não sei quantas vezes se tinha a certeza que não preferia pintar uma só parede de destaque daquela cor.
Gente de pouca fé, pá!

Ando a olhar para o nosso quarto e falta-lhe cor. É literalmente uma tela em branco.
Mas ando a matutar e acho que já tenho um plano: tecto em azul céu, num tom bastante ligeiro, e a parede da cabeceira da cama em azul marinho.

O azul sempre foi uma cor de excelência para quartos pois transmite calma e serenidade. Escolho o azul claro por estes mesmos atributos. Prefiro pintar o tecto desta cor porque é uma escolha menos usual, porque eleva o olhar, e porque tenho receio de pintar toda a divisão deste tom e ficar demasiado infantil, visto que também pertence à família de cores populares para quartos de crianças.

Escolho o marinho porque é o meu azul favorito, porque acrescenta uma maturidade e sofisticação ao esquema, e casa tremendamente bem com praticamente tudo, desde cores arrojadas a materiais naturais.

Ver fotos como as daqui debaixo faz-me acreditar que é mesmo por aqui!