segunda-feira, 4 de março de 2019

coisas de comer: a lei de Murphy aplicada à batata frita


Uma das regras cá de casa é que por aqui não se fazem fritos. Não há uma única embalagem de óleo alimentar na despensa, nem fritadeira.

Odeio o cheiro a fritos, os salpicos, e o exercício de lavar fritadeiras. Nheca, nheca, nheca!

Esta regra também ajuda a limitar os apetites por coisas menos saudáveis, e todos sabemos que os fritos são a epítome da alimentação pouco saudável. Deve ser por fazerem tão mal que são tão saborosos.

Dito isto, confesso que tenho um fraquinho por batata frita. Adoro! Desde que não sejam salgadas nem gordurosas, nem com sabores demasiado artificiais.

Quando nos dá o apetite por batata frita recorremos às de pacote. E foi preciso procurar, experimentar várias marcas, vários sabores, até encontrar a que considero a melhor batata frita de pacote de sempre.
São batatas fritas artesanais, sem sal, nem um grãozinho sequer, de uma marca inglesa - as naked da Tyrells. Fininhas, crocantes, e ao contrário do que me acontece com a grande maioria das batatas fritas de pacote, consigo sentir e apreciar o sabor da batata porque este não está camuflado por carradas de sal, ou pózinhos que visam dar um qualquer sabor seja a ketchup, queijo, bacon, vegetais, trinta por uma linha, mas que para as minhas papilas gustativas sabem somente a químicos. Semelhante a quando entra um bocado de shampoo para a boca.

E agora que encontrei as naked da Tyrrells, que me enchem a medida, que me sabem pela vida, deixei de as encontrar à venda!

Gostava tanto que as marcas portuguesas se apercebessem que também existe espaço no mercado para batata frita sem sal.
Que estas seriam procuradas por quem, por motivos de saúde, não pode consumir sal em quantidades significativas, ou por quem aposta em escolhas mais saudáveis por motivos preventivos ou de estilo de vida, ou ainda por quem quer saborear os ingredientes na forma mais natural possível, sem grandes artifícios.






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