segunda-feira, 27 de novembro de 2017
cromices #155: Já há muito tempo que não fazia uma destas...
E com isto refiro-me a uma imensamente constrangedora "figura de ursa". O contexto, é claro, só poderia ser as caminhadas com o Kiko.
Vá, confessem, já estava a ser estranho passar tanto sem uma destas, né?
Na verdade, tem andado tudo pacífico por aqui. Vive-se uma harmonia feita de cedências de todos os lados: eu esforço-me por ser menos paranóica; talvez seja impressão minha, mas parece-me que as pessoas também parecem preocupar-se mais em não deixar os seus cães ao deus dará, pelo menos com a frequência que antes acontecia, etc, o que só me faz sentir não só muito mais descontraída e feliz, como grata pelo respeito.
O que não impede que pontualmente não ocorra uma daquelas situações caricatas. E na realidade, "caricato" é algo com que eu lido extremamente bem. "Caricato" é um desfecho maravilhoso, mil vezes melhor do que trágico, desagradável, infeliz.
Então hoje quando íamos a subir a rua do costume vejo ao longe um/a boxer à solta a trotar na nossa direcção. Olho, olho, e não vejo humano algum nas proximidades, o que faz com que o meu cérebro accione o botão de alerta vermelho.
Antes que dessem um pelo outro agarrei no Kiko ao colo, e fiz uma "inversão de marcha", com a atitude mais calma e leve que me foi possível.
A meio da rua deparei-me com um vizinho que havia cumprimentado há minutos. Calculei que aquela velocidade, mesmo com algumas paragens para chichis, não tardaria muito a ter o outro bicho colado aos calcanhares.
O vizinho tinha o portão aberto - estava a dar uma mangueirada no carro. Com uma grande lata perguntei-lhe se lhe podíamos invadir o quintal, e o porquê. Simpático como sempre deixou-nos à vontade. Felizmente bastou um par de minutos para que o outro cão perdesse o interesse e voltasse para trás.
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