domingo, 29 de setembro de 2013

E por ser hoje...



Em Portugal, o direito de voto foi concedido pela 1ª vez às mulheres, em 1931, embora num contexto ainda com imensas limitações.
Por ter sido um direito adquirido "a ferros", enquanto mulher, sinto ter mais um motivo para participar activamente, votando.

Assim foi. De manhã, bem cedo.

Depois pude devolver ao domingo a preguiça prazeirosa que lhe assenta tão bem.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sabedoria dos intas em 10 segundos #10



Sabedoria e Humildade andam de mãos dadas.
O Sábio é-o nos olhos dos outros, não aos seus. E isso permite-lhe aprender algo com todos e tudo com que se cruza, e é isso que lhe facultou o acumular de conhecimentos que fez dele, Sábio.
O Sábio ou Mestre, não se faz seguir, mas acompanhar-se, lado a lado, olhos nos olhos.
Ergo, todo aquele que procura liderar um séquito, não faz mais que iludir. Maior semelhança terão uma pedra e um pássaro, do que este e um Sábio.


Sabedoria dos intas em 10 segundos #9



Desconfio sempre daqueles para quem o nome próprio não é suficiente. Que, em todos os contextos, não abdicam do prefixo de um qualquer título para se apresentarem.
É sinal que ali é o Ego que comanda o Homem.
E se do Homem podemos esperar todas as coisas, devemos temer os egos, que são sempre capazes de coisas bem piores.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sabedoria dos intas em 10 segundos #8



Questionar tudo, sempre. Particularmente, aquilo que nos ensinam que não deve ser questionado.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Auto-análise



Tenho o vício de pensar, o que me leva inexoravelmente, a ser o meu próprio objecto de reflexão e análise.

Aos 34 anos, julguei que conseguiria responder com maior acuidade ao mote "Conhece-te a ti próprio".


Então um destes dias cheguei a casa, depois de tomar café com uma amiga, onde havia acrescentado a um qualquer tema de conversa o facto de já não ter pachorra para muitas coisas.

Não menti. A lista do que me stressa é longa, o meu pavio arde rapidamente em muitos contextos, e admito que, face a esse desconforto, a minha reacção possa ser algo descabida e exagerada.

Mas, em boa verdade, devo dizer que para todos os momentos em que sou impaciente e irascível, posso contrapor com outros tantos em que demonstrei ter paciência de chinês.

E este jogo de dualidades, de forças que se anulam continua.

Tenho tanto de frágil como de forte, de medricas como de corajosa, de quem vive tanto pelo pragmatismo como pelo improviso, de generosa como de egoísta, de meiga e bruta, simultaneamente observadora e distraída, introvertida e extrovertida, ora indulgente ora cáustica... Não vejo o fim desta meada.

O que faz de mim, contraditória. Plural.
E toda essa pluralidade, fará de mim, singular?!







sexta-feira, 20 de setembro de 2013

coisas de ver # 8



A minha série favorita! Mesdames et Messieurs:

Poirot.





coisas de ver # 7


Desde que me lembro de ser gente, que o meu pai, para além de muitas outras coisas, me chama "tigre da Malásia".

E eu, que na época, não fazia a mínima ideia de quem seria Sandokan.






coisas de ver # 6


Cleopatra , o filme de 1963, onde a rainha do Egipto é protagonizada por Elizabeth Taylor.

Trata-se do segundo filme mais caro de todos os tempos - o mais dispendioso é o Avatar, de James Cameron.
A sua produção custou, em valores actualizados em 2005, cerca de 286 milhões de dólares. Investimento que quase levou a 20th Century Fox à falência.
Desempenhar o papel de Cleopatra, permitiu a Liz Taylor, tornar-se a primeira actriz de sempre a auferir 1 milhão de dólares.









quinta-feira, 19 de setembro de 2013

coisas de ver #5



The Muppet Show

(aqui uma parte do excepcional primeiro episódio, datado de 1976)




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

coisas da casa #6 : Mud room



Os americanos chamam-lhe "mud room", os japoneses "genkan", os franceses "foyer". Por cá, o termo mais comum será "hall de entrada".

Há uma justificação para o facto de ter escolhido expressar-me através deste particular estrangeirismo, ainda por cima, um algo invulgar pelos nossos lados.
É que, se a nível da linguagem, podemos de certa forma entender que o equivalente português para "mud room" será "hall de entrada", na realidade, uma "mud room" e um "hall" possuem atributos suficientemente distintos, para não se tratar sequer da mesma divisão.

Embora ambas as divisões sirvam para estabelecer uma fronteira entre o exterior e o interior da habitação, o hall é mais formal do que a "mud room".

Num hall encontramos normalmente objectos, móveis e até revestimentos de grande valor decorativo, que ajudam a compor um ambiente mais formal.

Uma "mud room" é prática, onde a função está acima da forma, não querendo dizer que não possa ser apelativa esteticamente.
É uma divisão polivalente, cujo propósito é ajudar a manter a casa limpa.
É onde os membros da família trocam o calçado de rua pelo calçado de andar em casa, despem os casacos. Que jeito que dá especialmente nos dias invernosos de chuva e lama!

Há modelos de "mud rooms" que incluem a zona de lavandaria e arrumação dos produtos de limpeza e manutenção da casa.
Os mais completos de todos ainda pensam nos animais de estimação, chegando a ter um espaço para dar banho aos patudos, o que é genial.

Esta divisão acho-a essencial, e embora seja comum em muitas casas de bairros suburbanos americanos, lamentavelmente ainda não tem expressão por aqui.

Quando idealizo a minha casa de sonho, garanto-vos que é uma adição que não fica esquecida!

Ficam alguns exemplos retirados da net:











 
 
 
 
 











coisas de ver # 4


Sherlock Holmes





Sing a prayer



Primeiro o Ulisses, depois o Eros, e por fim o Zeus.
Um por um, ao longo dos anos, a doença foi-nos levando os nossos filhos felinos.

Só quem já passou pelo mesmo, saberá a infinitude da frustração de ir a guerra com todas as armas que se tem, e perder. Há momentos em que se deseja que a doença não seja uma coisa invisível e abstracta, mas que tome uma forma física qualquer, mesmo que enorme e monstruosa, só pela oportunidade de a atacar ao murro, ao pontapé, à dentada e com tudo o que nos venha à mão.

Um dos piores aspectos é a mistura da doença e dos tratamentos.  O animal sente-se frágil, indisposto, sensível. Sente-se acossado com as inúmeras idas ao veterinário, com as manipulações, os exames e o diabo a sete. Em casa não se sente melhor. Todas as horas impinge-se alimento, água. Força-se medicamentos pela goela abaixo. Repete-se o procedimento se este vomita o preparado anterior.

Torce-se para não se ter que recorrer ao saco de soro e às agulhas que se trouxeram da clínica por precaução, mas repete-se mentalmente o processo que a veterinária ensinou, para não falhar se for necessário.

Não há paz, nem para o bicho, nem para nós.  Faz traquinices e tudo o que não deve, e tudo lhe é permitido. Importa é que se ponha bom.
Desconfia de nós. Coitado, não consegue entender que só o chateamos com toda aquela parafernália de medicamentos porque lhe queremos bem. Bufa, arranha. E nem o ardor do álcool nos arranhões se comparava ao aperto no peito por lhe ver a força anímica a desaparecer.

Não teria havido momento algum de paz, não fossem duas músicas em especial. Com poderes mágicos de embalar, de acalmar, de permitir respirar fundo e dormitar um pouco nos meus braços, de cabeça deitada no meu ombro.
São as canções de embalar que sei de cor, e em todos aqueles dias foram também orações.


 
 
 
 
 






quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O meu 34º aniversário



Ontem foi o meu 34º aniversário, e foi um dia verdadeiramente bom!

E bom para mim, tem tudo a ver com simplicidade e tranquilidade.



Acordar com um telefonema dos meus pais, e logo a seguir do marido. Ter a minha mãe a chamar-me pelos mesmos "petits noms amoreux" que ouço há 34 anos, essa forma ternurenta de me acordar no dia do meu aniversário que se tem mantido inalterada ao longo de toda a minha vida, rir em família com as nossas "private jokes" - as que tenho com os meus pais, e as que tenho com o meu marido, é mais do que suficiente para começar o dia com um sorriso de orelha a orelha.


Dois dedos de conversa na esplanada com amigos. Responder a mensagens gentis e carinhosas pelo Facebook, pelo mail, pelo telefone. Sabe-me bem e é quanto me baste.


À noite, ir a um bom restaurante. Só os dois.
Porque o prazer de bem comer é inconciliável com os tipícos restaurantes dos jantares de grupo.


Hoje, acordei a pensar nas minhas avós. E lembrei-me de outros aniversários, quando era miúda.

Da importância que tinha o cartão musical que a minha avó Maria enviava todos os anos, e chegava pelo correio sem nunca falhar, no dia do meu aniversário. Da sua escrita cuidada.
Guardei-os a todos. São uma das minhas relíquias.

Do telefonema da minha avó Teresa. Só de pensar, até parece que lhe ouço a voz - "Minha rica netinha", e eu respondia "gosto muito de si, vó".  E o telefone ia passando, de mão em mão, pelo meu avô e todos os familiares que lá estivessem, a centenas de quilómetros, para falarem comigo.

Voltar a ter isso, faria de um dia verdadeiramente bom, perfeito!





coisas de ver #2



Family Ties , ou como era conhecida em Portugal, "Quem sai aos seus".





quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Momento man friendly



Se eu gostasse de conduzir, (e que grande se!), estes seriam alguns dos meus veículos de eleição:


Para o dia-a-dia, o preto fica sempre bem!



Para os passeios no campo:

 
 
 
Para as saídas à noite:
 
 
 
 
 
E ainda para as saídas em grupo:
 
 

 
 
 
 
 
 

coisas de ver #1


Kung-Fu


 
 
 

Food for soul





 
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Máquina do tempo #1



A possibilidade de viajar no tempo sempre alimentou a minha imaginação.

Para onde /quando ia? Tenho roteiros imaginados que dão para alimentar esta rúbrica durante uma década!

Entretanto, all aboard:
- 1991 espera-nos!

Começamos por aqui:



seguido de:







e de:



 
 
 





segunda-feira, 2 de setembro de 2013

coisas da casa #5: Pequenos grandes espaços



Há muitos anos vi um documentário sobre Hong Kong. Há coisas que se vêem e que nos marcam. Ficou-me a imagem, creio que chocante para qualquer um de nós, dos espaços exíguos em que muitas das pessoas habitam, naquela mega metrópole.

O maior choque são, com toda a certeza, as condições sub-humanas em que vive a camada mais desprotegida da população, devido ao altíssimo custo de vida.



Acontece que Hong Kong é das cidades mais caras do mundo. Em média, o custo por m2 ultrapassa os cerca de 10500€!
Com uma área de 1,104 km² e uma população de sete milhões de pessoas, Hong Kong é também uma das áreas mais densamente povoadas do planeta.


Por lá, em média, uma família de quatro pessoas habita numa casa que não ultrapassa os 30m2.
Em Portugal, é comum que um T2 não seja menor do que 60m2, e um destas dimensões é considerado pequeno, pois existem exemplos de habitações com a mesma tipologia com o triplo ou ainda o quádruplo da área.


Esta realidade não se restringe a Hong Kong. Em todas as grandes cidades, onde há uma grande aglomeração de pessoas, vive-se o conceito das micro habitações. E não é um fenómeno somente da Ásia.

Não foi para falar especificamente de Hong Kong que serve este post.  Serviu sim, para contextualizar o problema, antes de dar a conhecer a solução.

Este fenómeno fez nascer novos conceitos de optimização do espaço.
Existem cada vez mais exemplos de como dotar micro espaços de um elevado grau de habitabilidade e conforto, fruto de ideias engenhosas de arquitectos e designers em redor do mundo. Ideias também nascidas da experiência e imaginação de um número cada vez maior de pessoas que optam por este estilo de vida.

A popularidade crescente deste tipo de habitações tem em cada pessoa, a sua justificação. Há quem o faça porque prefere viver com menos espaço do que desperdiçar uma parte do dia em transportes do, e para, o centro da cidade.
Outros, porque é uma opção mais económica, e entretanto descobriram de como é possível ter qualidade de vida com menos bens, até porque o espaço sendo limitado é impraticável acumular muita coisa.
Outros ainda defendem que é uma opção mais ecológica e sustentável.

O apartamento mais pequeno que encontrei na minha pesquisa é em Nova Iorque e, tem uma área pouco maior do que 7m2.




Não se trata do melhor exemplo em termos de design, mas ilustra o quão pouco necessitamos para viver.

Passemos então a alguns exemplos brilhantes:









E por fim, uma casa no Japão, que ocupa o que foi outrora o lugar de estacionamento de um carro:





Estes exemplos inspiram-me e é por isso que os partilho convosco.
- Porque algumas das ideias utilizadas para poupar espaço são realmente geniais, e podem ser uma grande mais valia, mesmo sendo aplicadas nas nossas casas.

- Porque realmente não precisamos de tanta coisa.

- Porque é um conceito que acredito que venha a inspirar o futuro de uma forma positiva: na minha mente será um grande passo em frente, quando trocarmos os complexos urbanísticos de hoje, em que tudo é betão, por casas um pouco menores mas duplamente eficientes, de forma a que uma percentagem de cada lote seja um espaço verde, uma horta para aquela família.

(Mais tenho a dizer sobre este tema, mas fica para próximos posts).





Quando os homens falam de amor #8