terça-feira, 24 de setembro de 2013
Auto-análise
Tenho o vício de pensar, o que me leva inexoravelmente, a ser o meu próprio objecto de reflexão e análise.
Aos 34 anos, julguei que conseguiria responder com maior acuidade ao mote "Conhece-te a ti próprio".
Então um destes dias cheguei a casa, depois de tomar café com uma amiga, onde havia acrescentado a um qualquer tema de conversa o facto de já não ter pachorra para muitas coisas.
Não menti. A lista do que me stressa é longa, o meu pavio arde rapidamente em muitos contextos, e admito que, face a esse desconforto, a minha reacção possa ser algo descabida e exagerada.
Mas, em boa verdade, devo dizer que para todos os momentos em que sou impaciente e irascível, posso contrapor com outros tantos em que demonstrei ter paciência de chinês.
E este jogo de dualidades, de forças que se anulam continua.
Tenho tanto de frágil como de forte, de medricas como de corajosa, de quem vive tanto pelo pragmatismo como pelo improviso, de generosa como de egoísta, de meiga e bruta, simultaneamente observadora e distraída, introvertida e extrovertida, ora indulgente ora cáustica... Não vejo o fim desta meada.
O que faz de mim, contraditória. Plural.
E toda essa pluralidade, fará de mim, singular?!
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