quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
cromices #93: Metro de Lisboa sempre a inovar!
Manhã cedo. Chega a hora definida e o rádio despertador liga-se. Marido e Kiko já saíram para a caminhada matinal e eu fico a ronhar mais um pouco enquanto ouço o noticiário.
Tenho uma vertente sádica, (já vos tinha avisado que sou uma pessoa horrível, não já?!), e confesso que um dos prós de ser dona de casa é ouvir os relatórios sobre o trânsito. Não consigo evitar sorrir, às vezes ainda de olhos fechados, e pensar "Ufa! A mim nunca mais me apanham nessas embrulhadas!"
Mas, as agruras de quem se dirige a Lisboa todas as manhãs não se ficam pelo trânsito. Não nos podemos esquecer das greves que, têm sido de tal forma frequentes, que acredito estarem em campanha activa pela conquista da medalha de ouro no pódio das inconveniências.
Então, pela maquineta de ondas hertzianas sai a expressão "greve preventiva". E uma pessoa abre os olhinhos, num misto de estranheza e risota "Wtf?! Que raio de coisa?"
Segundo as palavras de Joana Petiz, "Não é contra as políticas ou a gestão de António Costa - concorde-se ou discorde-se dos seus planos para Portugal, é primeiro-ministro há menos de duas semanas! - que se param as máquinas e se deixam largas dezenas de milhares de utentes em terra. É contra as ações levadas a cabo pelo anterior governo. O que os trabalhadores do Metropolitano se preparam para fazer é assim uma espécie de greve preventiva, em que se reclama por antecipação e se ameaça fazer pior se as suas exigências não merecerem atenção e ação."
Com esta os grevistas do Metro candidatam-se a vários prémios:
- Criatividade e Inovação pelo novo conceito;
- Defesa dos Preliminares no local de trabalho;
- Galardão "Céu é o limite", por demonstrarem que, por piores que fossem os estereótipos com que os funcionários públicos são habitualmente associados, afinal a coisa pode ser alargada para todo um novo patamar;
- Prémio "Pimp the Institution", pelo extraordinário feito de chularem de tal forma o direito de greve que conseguiram transformar a outrora Mui Honorável Sra D. Greve numa pega velha, sem a credibilidade e seriedade de outros tempos.
Cá para mim são os claros vencedores!
Os vencidos são, como sempre, todos os utentes do Metropolitano. Por falar nisso, meus amigos, já consideraram que há melhores fins para o dinheiro do passe?
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