terça-feira, 23 de agosto de 2016
cromices #136: Eu egoísta me confesso, acto segundo.
Está um mais um daqueles dias bonitos e solarengos de Agosto. As janelas de casa abertas deixam entrar o sol e a brisa. As cortinas dançam levemente. Seria este um cenário perfeito não entrasse também, infelizmente, casa adentro o chinfrim da família "Fukushima".
De sol a sol, e às vezes noite dentro, é uma berraria constante.
O bairro tem muitas crianças, de todas as idades. Todas com comportamentos esperados para a sua idade: brincalhonas, espontâneas, activas... Mas mais nenhuma se ouve. Não assim desta forma.
Por mais que eu repita tipo mantra que é perfeitamente natural, que são crianças, a coisa não pega porque fazer barulho é normal, mas não a este nível.
A meio da manhã ainda soltei uma gargalhada, porque alguém passou na rua, e pelo "chiu" e palavrão sonoros que largou deu para notar que não sou a única por aqui enfadada com tanto chinfrim.
Berram os miúdos, berra o pai, (e não é pouco), e às vezes a mãe. Uma sinfonia infernal.
Não há nenhum benemérito milionário que lhes ofereça uma nova morada?!
Para mim, como sou egoísta, escolho receber algo que dinheiro algum pode comprar: paz, sossego, tranquilidade, silêncio.
cromices #135: Eu egoísta me confesso.
Há o tripadvisor, o zomato, e outros mil que existem para partilhar informações, críticas e comentários sobre estabelecimentos vários, de restaurantes a hotéis.
A sua utilidade é inegável. Também me sirvo destas ferramentas quando preciso de alguma informação sobre um estabelecimento, quer o conheça ou não, desde a morada, ao horário, ao menu, ou para descobrir novas opções.
No entanto, são sites que embora visite com frequência, não tenho por hábito utilizar enquanto comentadora. Imagino-me capaz de o fazer com uma crítica construtiva, mas refreio-me de o fazer no que toca a deixar elogios aos sítios que realmente gosto.
Isto porque, em primeiro lugar, gosto de elogiar pessoalmente e na hora. O segundo e maior motivo é porque sou egoísta: quero que os lugares que gosto se mantenham inalterados, o suficiente para continuar a gostar deles.
É uma daquelas situações que me deixam dividida: se por um lado é claro que desejo prosperidade e sucesso nos negócios a quem me recebe bem, por outro já tive, como muito boa gente, experiências que demonstraram que o aumento repentino desse mesmo sucesso em conjunto com um enorme afluxo de clientes, transforma irremediavelmente os negócios, e raramente para melhor.
Ainda ontem li o comentário de um amigo numa rede social sobre como estes sites dão cabo dos restaurantes bons e baratos em Lisboa.
Passei por uma experiência semelhante com aquele que foi, durante algum tempo, o nosso pub favorito. Até ser descoberto pelas massas era para nós o sítio perfeito, aquele que encaixava sem mácula nas nossas preferências: decoração gira e temática, calmo, com um clientela sossegada e moderada com uma idade média na ordem dos intas, atendimento simpático, num local cheio de verde e história.
Depois ficou na moda. Os clientes outrora moderados, que beberricavam qualquer coisa enquanto tinham conversas interessantes, deram lugar a gente barulhenta e excessiva como em qualquer outro bar. E se tal é bom para a contabilidade do negócio, também significou uma enorme mudança na sua personalidade e no atendimento, o que fez com que perdesse a vontade de lá ir com a frequência de antes.
Para mim foi uma lição: nunca revelarei os meus locais favoritos.
Vida de cão: Jantar fora com o Kiko.
Ontem, pela primeira vez, fomos jantar fora e levámos o Kiko connosco.
Optámos por uma das esplanadas de que somos clientes habituais. Já o levámos para várias esplanadas, mas até ontem, nunca para uma refeição mais morosa. Por ser a primeira experiência optámos por um local calmo, afastado q.b. do bulício das ruas, e por uma refeição leve e rápida de preparar.
O Kiko continua a ser um cão activo, mas nada que se assemelhe à pulga eléctrica que ele foi em pequeno.
Mesmo estando rodeado de pessoas, e sendo interpelado de vez em quando para levar umas festas, portou-se muito bem.
Como é um guloso de primeira, a comida é um estímulo que funciona na perfeição com ele: basta ir-lhe dando um bocadinho de qualquer coisa de vez em quando para ele se aquietar e ficar sentado a olhar para nós.
Estou contente. É uma experiência que podemos repetir. E com o passar do tempo poderemos experimentar locais mais movimentados e demorados.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
coisas da casa: Algo que hei-de sugerir aos meus vizinhos...
Ao longo dos anos tem crescido o meu apreço pelo uso de madeira na arquitectura, na decoração.
É um material nobre, belo, que transmite uma sensação de conforto e dá um toque acolhedor a qualquer espaço.
O uso da madeira voltou a estar na voga, seja no interior ou no exterior dos edifícios. O carácter que esta providencia é múltiplo, e dependendo da cor, do corte e afins tanto se pode conseguir um ar rústico, como algo bastante sofisticado.
Adoraria revestir a varanda a madeira, tecto e paredes. Acho que é uma opção que, para além de tornar aquele espaço mais convidativo e bonito, creio que seria uma mudança estética positiva que teria reflexo no valor do próprio prédio se todos alinhassem nesta mudança.
Alguns exemplos:
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
cromices #134: Para os que cantarolam...
Adoro cantarolar!
É no duche, é quando cozinho, enquanto lavo a louça, por vezes até durante os passeios do Kiko...
Desgraçado de quem me ouve! O marido, habituado a estes concertos, até diz que aprecia. Os apaixonados para além de cegos, como diz o adágio, devem ser também surdos!
Estas são algumas das músicas que fazem parte do meu "top cantarolices". E vós, que cantarolais?
terça-feira, 16 de agosto de 2016
coisas de comer: Andamos totalmente viciados em...
... cogumelos frescos.
Retiro-lhes a pele, e lavo-os em água com vinagre, como faço com todas as frutas e vegetais. Corto-os a gosto, seja às tiras ou aos quartos, com ou sem pé, conforme me der na telha.
Coloco-os numa frigideira antiaderente previamente aquecida, com uma noz de manteiga. Tempero com sal (pouco), pimenta, umas gotas de sumo de limão e adiciono coentros frescos.
Acompanham na perfeição lombinhos de salmão, que adiciono à frigideira quando a cozedura dos cogumelos vai a meio, ou que bem que ficam numa omelete a que adiciono também raspas de um qualquer queijo com um sabor mais acentuado. Ou ainda com hambúrgueres, ou uns quaisquer bifinhos.
Com uma salada fresca e diversa em folhas verdes sabe tão bem!
coisas que recomendo: A minha amiga, Pelargonium graveolens
Talvez a conheçam melhor pelo nome comum, Citronela, e é algo que tenho vindo a recomendar a toda a gente que se queixa de melgas e mosquitos.
Não há forma de simpatizar com este praga de insectos. No Verão, com o calor, não há quem não goste de ter as janelas abertas para refrescar a casa e forçar a circulação do ar. Mas, especialmente quando chega a noite, basta um destes chatos voadores para arruinar uma noite de sono com aquele bzzzzzzz quase constante e as picadelas.
Embora não faltem opções no mercado para tratar desta praga, confesso que não sou nada fã de químicos. Sim, tenho algures uma lata de insecticida em spray que uso somente em alturas de grande desespero, mas tento evitar, porque por mais que no rótulo diga que a fórmula é inodora, sou tão sensível a estes cheiros que me sinto eu própria um mosquito prestes a falecer intoxicado.
Há uns tempos passámos num dos muitos centros de jardinagem aqui da zona e adquirimos uma lavanda e uma citronela. Procurámos plantas "polivalentes": que não fossem prejudiciais ao Kiko, que afastassem mosquitos e afins, e que precisassem de pouca manutenção e se dessem bem em quase qualquer lado. Trouxemos uma grande floreira onde colocámos ambas as pequenas plantas lado a lado, na varanda. Enquanto a lavanda não chegou a crescer, a citronela prosperou, suplantando as nossas melhores expectativas. A que foi uma pequena planta está agora com cerca de 1m de altura, já levou duas podas brutais, e tem sempre novos rebentos.
Exala um perfume agradável, que se intensifica com o toque e a chuva e que parece funcionar muito bem como repelente de melgas e mosquitos.
Existem mais plantas propícias para o combate aos mosquitos e melgas, podem conhecer mais aqui.
Seja qual for a opção, recomendo. Para além de bonitas, aromáticas, muitas possuem ainda propriedades medicinais e ainda nos protegem das pragas mais irritantes que existem. E são, sem qualquer sombra de dúvida, uma opção bem mais ecológica e saudável do que uma lata de insecticida.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
coisas de opinar: Verão é pôr-do-sol, praia, churrascos e... incêndios.
Sintonizei a tv num canal de notícias. Falam dos incêndios que se encontram de momento activos. Um inferno: 102 incêndios, com mais de 2000 bombeiros e 700 viaturas no terreno. São muitos, incansáveis, e mesmo assim não chegam a todo o lado, com a intensidade necessária. É o que se entende pelas imagens de populares a combaterem as chamas, dos repórteres que vão anunciando a proximidade destas de casas, mercados, restaurantes, a 100 metros, a 50 metros.
O noticiário termina e passa para publicidade. Um qualquer spot televisivo de uma cadeia de hipermercados passa em ritmo leve e animado que "Verão é pôr do sol, churrascos" e mais não sei o quê.
Verão é tudo isso, mas também são os incêndios. Não é de agora, sempre foi assim.
Lembro-me de há pouco tempo ter apanhado, também na tv, alguém de uma qualquer corporação de bombeiros que dizia, e bem, que a prevenção dos incêndios faz-se durante todo o ano, especialmente no Inverno.
Reinicia o noticiário. Mostram imagens de pessoas com mangueiras a molharem as casas, de quem tenta extinguir uma linha de fogo com baldes, mangueiras, ramos e tudo aquilo que venha à mão. Existem localidades cercadas pelo fogo e os moradores ajudam os bombeiros como podem, na tentativa de salvar habitações e animais.
Em muitas destas frentes o fogo parece levar a melhor. O país encontra-se em alerta laranja: as temperaturas elevadas, o vento, que vai aumentado com o ar aquecido pelo próprio fogo, a falta de limpeza dos terrenos são os principais factores que dificultam esta batalha.
Há já infraestruturas consumidas, sem contar com a imensidão de verde que já nem para pasto servirá nos próximos anos.
Um dos moradores fala da perda de caixas de abelhas. De como as tentava salvar, usando baldes para apagar as chamas. De como estas reapareciam sempre um pouco mais abaixo, alimentando-lhe a suspeita de fogo posto.
Neste preciso momento, no site da Autoridade Nacional da Protcção Civil, apenas 3 distritos não são cenário de incêndios rurais.
Notícias confirmam que a origem de dezenas destes incêndios foi mão criminosa.
Outros tantos se não mais ainda, terão origem na negligência: a lei especifica, por exemplo, que os proprietários têm até 15 de Abril para limpar os terrenos florestais num raio de 50 metros em redor dos edifícios. Especifica também como se limpa, e os cuidados a ter ao se optar pelo método de queimada, visto que facilmente uma se transforma num incêndio incontrolável.
Também já fomos informados e educados através, se não do senso comum, de inúmeras campanhas de sensibilização sobre ser proibido fumar ou atear fogo nas florestas, de como não se devem largar beatas, nem deixar lixo.
Agosto está mesmo no início, e se já foi por água abaixo a minha esperança de termos uma época calma a nível de fogos, rezo que este ano ninguém perca a vida.
Preparo-me para concluir. Entretanto reinicia o enésimo noticiário e o número de incêndios aumenta. Continua-se a falar de destruição.
As estações passam. Transitamos dos incêndios para as cheias, das cheias para os incêndios. Todos os anos repetimos os mesmos discursos, que agora é que é, havemos de prevenir, limpar as matas, dar mais apoios aos bombeiros, limpar os algerozes para não andarmos com água pelas canelas.
Como S. Tomé, acreditarei quando vir.
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016
coisas da casa: Que casa vos calharia?
Já expressei por aqui, diversas vezes, o quanto gosto de Arquitectura, e de como me imagino, um dia, a pensar uma casa de raíz, a decidir todos os seus pormenores.
Até lá, de vez em quando, gosto de me divertir visitando alguns sites de plantas de casas.
Acaso ou não, todos os sites de género, (e já perfazem quase uma meia-dúzia), que já visitei são norte-americanos.
Regra geral funcionam todos de forma similar: o visitante tem à sua disposição inúmeros critérios para o ajudar a encontrar a casa que vá de encontro aos seus desejos, desde os básicos como o número de quartos, casas de banho, área, andares, tipo de lote e topografia deste, até tantos outros como o estilo arquitectónico, (há muitos e variados que vão desde os estilos típicos de cada estado americano, ao estilo europeu, mediterrâneo, etc), a características consideradas especiais como suites com walk-in closet, despensa, quartos separados ou não, terraços, pátios, alpendres e afins.
Escolha não falta!
Encontrada a casa ideal, o site espera que o visitante se torne cliente adquirindo as plantas, e alguns serviços de arquitectura opcionais caso deseje fazer modificações.
Como exemplo, fui ao site da Architectural Designs e procurei por casas com 3 quartos, com master suite no primeiro andar, "butler walk-in pantry", quartos separados, da colecção "small houses". Deu-me 15 resultados, alguns bem simpáticos.
Não consigo copiar as imagens, mas deixo-vos o link aqui.
Outro site é a Houseplans e como deste já consigo colocar aqui alguns exemplos, deixo-vos com algumas das casas que me agradaram mais.
Modelo 1
Apaixonei-me por aquele pormenor da torre, que vista do interior é assim:
Modelo 2: Adoro esta do estilo Craftsman
Modelo 3: Uma casa com muita luz
terça-feira, 2 de agosto de 2016
cromices #133: O meu consultor de moda é melhor que o vosso!
O meu consultor de moda, que é obviamente melhor que qualquer outro, anda de bata branca e chama-se "dótôre", e jurou-me que não havia nada mais fashion para este Verão que andar com meia elástica até ao joelho.
Após ponderação optei por um modelito em tom beige vintage aberto nos dedinhos, que é para poder, obviamente, partilhar com o mundo a cor do verniz a fazer pandam com o outfit.
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