sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Vida de cão: A dificil arte de enganar um cão
Quando digo que o Kiko entende tudo, é porque ele entende mesmo tudo. Garanto-vos que é uma afirmação que não tem por base o tremendo afecto que lhe tenho, mas antes as surpresas e as provas que ele próprio providencia quotidianamente.
Aliás, da minha experiência com animais de estimação ao longo dos anos, dos peixinhos de aquário, ao coelho, aos gatos e agora ao fiel canino, sobressai sempre a impressão de que seja qual a for a espécie, estes amiguinhos são muito mais inteligentes do que por vezes pensamos.
Uma das muitas provas, no caso do Kiko, é a trabalheira que dá tentar enganá-lo.
Este é um dos exemplos mais recentes:
Quando queremos ir dar um passeio maior com o Kiko, gostamos de sair uns minutos com ele à rua para que este se alivie antes de o enfiar no carro. Só para irmos mais descansados, já que ele gosta tanto de andar de carro, que vai numa constante excitação até chegarmos ao destino.
Se o sacana perceber que é dia de passeata, (o que não lhe é nada difícil), mal saia à rua vai procurar o carro e teimar naquela direcção tipo cão de trenó, e qualquer tentativa em puxá-lo para outro lado para que foque em fazer pelo menos um par de chichis é uma tarefa penosa.
Então, numa destas ocasiões, experimentámos uma estratégia em que consistia em fingir que era somente um dia como os outros, daqueles em que a voltinha se dá somente pela aldeia. Já havia combinado com o marido - "esperas 10/15 minutos e depois "coiso", ok?" - sendo a palavra "coiso" código para "preparas-te e encontramo-nos no estacionamento, até lá não dá pistas, não mexe, não respira, não nada.
Funcionou lindamente!
No fim de semana seguinte decidimos repetir a estratégia vencedora. Mas eis que houve um deslize no momento em que estávamos, ( eu e o cão), a sair de casa para a voltinha, e o marido comete o deslize de dizer "já vou ter convosco ao carro". Foi o suficiente para o miúdo perceber a marosca e transformar-se num possante husky do Alasca.
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