quarta-feira, 30 de agosto de 2017

cromices #153: Eu, a pior cábula do mundo.


No total devo ter recorrido a cábulas não mais que meia-dúzia de vezes. Todas após o ingresso no ensino superior.

Aliás, se há coisa que me arrependo foi de não ter usado cábulas durante todo o meu percurso académico. Justifico-o com dois motivos:

1) O ensino de qualquer matéria há-de ter, (a meu ver), como principais objectivos a compreensão da mesma, a apetência para aprender mais, e o desenvolvimento da autonomia que permita a busca solitária pelo conhecimento ao longo da vida. Não há argumentos que justifiquem a validade da prática de decorar matéria de vários volumes, para depois chegar a um exame e debitar os mesmos para uma folha.

2) Tivesse eu adquirido prática nessa bela arte da cábula, não me teria sentido tão desajeitada e à rasca quando cedi à sua necessidade.

Deixo o meu agradecimento aos professores, que perante a minha falta de jeito e atrapalhação, ao nível de um Mr. Bean, optaram por fechar os olhos.

Deixem-me então partilhar um episódio para que percebam o porquê de me intitular a pior cábula de sempre.

1) Sala de aula cheia. Turma preparada e à espera que chegassem os professores para iniciarem todo o processo de exame. Eu, muito mais nervosa que o costume porque levava cábulas, sentia uns calores tremendos, e por causa dos nervos deu-me um ataque de riso quase histérico. Simplesmente não conseguia parar de rir.
Solta um colega: " O que se passa com a Ana?"
Retruca outro: "Está nervosa, trouxe cábulas". - "Ahhhhh, ok!"
Um mais próximo, passa-me a mão no ombro: "Respira fundo, vai correr bem."

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