sexta-feira, 31 de outubro de 2014
E porque hoje é Halloween...
... não resisto a partilhar este vídeo!
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
coisas de ver #46: 7.270.762.526 primos e a aumentar!
Somos todos primos, mesmo!
Cientistas acreditam que toda a população mundial descende de uma tribo africana com cerca de 200 elementos que partiu da Etiópia para os quatro cantos do mundo. Não é fantástico?!
Podem ler mais aqui.
A série The Incredible Human Journey, da BBC, fala-nos dessa viagem.
cromices #51: Há que ter muita paciência
Recentemente, a actriz Luana Piovani fez um comentário polémico sobre Portugal. Podem ler mais aqui.
Só falo disto porque me fez recordar outro episódio.
Em 2007, a actriz brasileira Maitê Proença gerou uma imensa polémica com um vídeo, feito em Portugal, para o programa "saia justa" onde, de forma totalmente ignorante e desrespeitadora, ridicularizava os portugueses, chegando mesmo a cuspir numa fonte do Mosteiro dos Jerónimos.
A repercussão foi bombástica. O mote estava lançado, e em menos de nada proliferavam, um pouco por todo o lado, discursos, comentários e trocas de mimos nada tolerantes por parte de pessoas de ambas as nacionalidades.
Foi um fenómeno sociológico, um que atraiu o meu "lado cientista", também pelo facto de que pessoas, de ambos os lados do Atlântico, usualmente avessas a este tipo de digladiação, sabedoras e informadas, foram igualmente atraídas para o mesmo, em conjunto com milhares de indivíduos notoriamente estúpidos.
Metade de mim ardia de exaltação e fúria, parte desse mesmo fenómeno que a outra metade, a racional, observava com curiosidade, analisava e procurava respostas.
A minha metade exaltada queria andar por aí a distribuir chapadas pela actriz, e todos os "groupies" que se excedem em cordialidades para com gajas como esta, a quem lhes basta soltar um "Amo Portugal! Amo "pastel" de bacalhau! Amo vocês!" para ficarem molhadinhos, numa espécie de êxtase parolo.
Aos que chamo "groupies", apetecia-me genuinamente abaná-los até perceberem que há gente com quem não se deve desperdiçar a hospitalidade, mesmo que esta seja dom que sobeje. E se há quem não mereça, são aqueles que não a sabem retribuir, os dos sorrisos falsos, que depois se vão rir à custa dos "Manéis e Marias com bigode" - (really?!) - enquanto palitam os dentes com as penas dos jantares que souberam "a pato".
Uma das minhas interrogações era sobre o porquê desta situação tão estúpida, desta merdinha de caracacá ter o poder suficiente para me tirar do sério. A mim e a toda uma legião de pessoas.
Em boa consciência e vergonhosamente admito que, a mim, (uma pessoa geralmente dada à ponderação e ao pacifismo), bastou-me ler que "os portugueses são isto e aquilo" para ficar pronta para me atirar à jugular.
Percebê-lo aumentou a minha resolução de entrar ainda mais no conflito para o perceber, e me perceber.
Participei activamente num fórum. No clímax da coisa, os manéis e marias são colocados de parte, e usa-se o argumento do invasor, explorador sanguinário, conquistador genocida, esclavagista, assassino de índios, como artilharia.
E eu lembrei-me de uma viagem de comboio em particular, onde sem qualquer mágoa nem apego, ouvi duas africanas em crioulo, e o seu discurso de que há que sacar o mais que se puder ao colonizador, por vingança e dívida.
Ambas as ocasiões me levaram numa viagem introspectiva de onde regressei mais forte e segura de quem sou:
Eu sou a Ana, nascida em 1979. E recuso-me a padecer da "síndrome do colonizador". Eu não sou os pecados dos nossos antepassados. Não colonizei, não matei, não conquistei, nem nunca tentei evangelizar alma alguma. Não devo nada a ninguém. Recuso-me a carregar às costas o peso de qualquer acontecimento no qual não vivi a tempo de participar. Apenas sou responsável por mim. Recuso dobrar-me perante quem não viveu a tempo de sentir na própria pele as ofensas que clamam. O mal é de quem escolhe vestir as dores de quem já não é, e que não são suas.
Viver no passado é recusar o presente. É deixar de ser quem é, para se emprestar a fantasmas imaginados.
Já fantasiei sobre como teria sido provavelmente um Mundo sem quaisquer incursões ultramarinas, e imagino uma Amazónia do tamanho de todo o continente americano albergando umas quantas tribos nativas, alheias à urgência febril do desenvolvimento europeu, um mega pulmão do planeta, um santuário natural como nenhum outro, e não me desagrada.
Também imagino como seriam os Descobrimentos, se ocorridos no presente dia. Gosto de pensar que, a nossa espécie, com mais 500 anos de evolução espiritual em cima, saberia lidar com os nativos de igual para igual, na base do diálogo e troca de conhecimentos, não lhes tomando qualquer pedaço de terra ou riqueza material.
Por enquanto, há-de haver sempre alguém que, por um qualquer motivo, nos há-de apontar o dedo e chamar de colonizadores, exploradores e mais ainda.
Mas como tudo, também isto o tempo curará. Basta meter os olhos nos romanos. Tiveram o mais grandioso império, construído sobre sangue, como são todos os impérios. No entanto, nunca vi ninguém apontar o dedo aos italianos contemporâneos pelo peso da sua História, pelos actos de César, por exemplo.
Tudo o que precisamos é de tempo. O Império Romano Ocidental extinguiu-se há cerca de 1500 anos, e hoje são mais conhecidos pelas maravilhas que deixaram pelo mundo, como as termas, as estradas, os templos.
Nós, Portugueses, deixámos de ser oficialmente colonizadores em 1999, quando Macau passou definitivamente para os chineses.
Portanto, lá para o ano de 3499 estaremos safos dos apontares de dedos. Até lá, tolerância e paciência q.b., mas não em demasia, porque há que nos curar deste "síndrome do colonizador" que nos faz fáceis de abusar por governos e entidades estrangeiras. É que Portugal é do povo, mas não é "o da Joana".
caixa de ressonância
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Gostaria de tomar um café com... #3
...este quarteto:
Mary Murphy
Nigel Lythgoe
Twitch
e Cat
Havia de ser animado!
caixa de ressonância
coisas de aprender: Patins em linha
Pois é! Não resisti e também fui comprar uns patins.
No início, estava inclinada para os quad, mas quando os experimentei achei-os potencialmente mais perigosos que os patins em linha. Basicamente senti que, se tivesse calçado quads em ambos os pés na loja, começaria a deslizar em tão grande velocidade que só pararia quando me esbarrasse contra uma parede.
Para quem, como eu, não percebe nada de nada sobre como andar de patins, recomendo os tutoriais da Asha.
coisas de comer: sabores de Outono
Gosto de sentir a mudança das estações. A vida seria muito mais monótona sem estas.
Aprecio todas as estações do ano, mas o Outono é especial. No Outono tudo se ameniza e, não há nada como a sua paleta de cores.
E tudo isto se vivencia com todos os sentidos, inclusive o palato, porque a sazonalidade encontra na mesa o seu reflexo.
Com o Outono chega também o apetite por assados.
Como um suculento e macio pernil de porco, que deixámos marinar depois de o envolver numa mistura, que entre várias opções possíveis pode ser de alhos esmagados, sal, pimenta, ervas várias como tomilho e alecrim, pimentão doce, azeite e vinho e, que vai ao forno acompanhado de cores de Outono. Uma qualquer mistura a gosto que envolva batatinhas, batata doce, cebola, cebolinhas, abóbora, castanhas, cenouras.
Como opção vegetariana, o seitan funciona muito bem marinado numa mistura de alhos esmagados, sal, pimenta, sumo de laranja e vinho tinto.
E as frutas da estação?
Como as maçãs reinetas assadas com mel, canela e um toque de vinho branco.
As romãs, as minhas favoritas, que sabem tão bem misturadas com iogurte grego.
Ou aindas as uvas e a pêra rocha, perfeitas para acompanhar queijos curados de sabor intenso.
Sabe-me bem o Outono.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Sabedoria dos intas em 10 segundos #35
A vida dá-nos daquilo que gostamos, ou nós é que aprendemos a gostar daquilo que a vida que nos vai dando?
Em parte, não será a Gratidão, esta filosofia de sermos gratos por tudo o que somos e o que temos, mais do que um caminho espiritual, uma elevação do próprio ser, simplesmente uma técnica de sobrevivência?
Porque, no fim de tudo, se a vida nos dá limões, não será tão mais fácil convencermo-nos que adoramos limonada?
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
coisas de aprender: cestaria
Cestaria compreende o fabrico de diversos utensílios e objectos, obtidos através do entrelaçamento de fibras de origem natural.
É uma arte praticada desde os primórdios da Civilização. Através de diversas técnicas, a cestaria foi utlizada por todos os povos em redor do globo para uma imensidão de fins, desde o fabrico de objectos de adorno pessoal, como pulseiras e colares, como para fazer armadilhas de pesca, revestimentos para as casas, soluções para armazenamento e transporte de alimentos e outros bens, entre muitos outros. Os Persas até usavam escudos feitos desta forma.
Em Portugal, há sinais da sua prática que remontam aos dias da cultura castreja. Dizem que a Vila de Gonçalo é o berço da cestaria na Península Ibérica.
É um saber tão antigo quanto o Homem, o que lhe dá um valor acrescido. Portanto é uma técnica que vale a pena conhecer e disseminar, para que nunca se perca.
Deixo-vos dois vídeos. O primeiro, ensina a fazer uma cesta em material natural. O segundo, une este saber à reciclagem, e ensina a fazê-lo com papel de jornal.
Divirtam-se.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
cromices #50: A dar fist bumps às velhinhas
Vivo numa pequena localidade e gosto do espírito de aldeia que por aqui subsiste.
As pessoas conhecem-se e cumprimentam-se.
As velhinhas em especial, umas mais que outras, apreciam um dedo de prosa e dois beijinhos.
Eu, se encontrar uma forma gentil e discreta de o fazer, tento escapar-me aos beijinhos.
É um tipo de cumprimento que não aprecio, sobretudo nesta altura do ano, em que começam a proliferar os casos de gripe e constipações.
Por acaso, até fico fula, quando depois de trocar os rituais dois beijos na face com alguém, e se passa às troca de galhardetes cordiais do costume, "como tem passado" e afins, a resposta é uma queixa sobre a constipação ou o raio que os parta.
Nesse momento, se o meu olhar matasse, caíam ali redondos, que nem tordos. Eu, que sou uma pessoa que evita a todo o custo esse tipo de contactos quando estou doente, para não andar a contaminar ninguém, fico furiosa com esta gente, (de todas as idades), que parecem não possuir dois dedos de testa para chegarem à mesma conclusão e terem a mesma cortesia.
Este Inverno não vai haver beijinhos para ninguém. Vou passar a cumprimentar toda a gente com fist bumps.
É a forma mais higiénica de todas.
Hoje de manhã, quando desci para tomar o pequeno-almoço no sítio do costume, pareceu-me uma boa altura para começar a introduzir o fist bump.
Uma das velhinhas já esticava o pescoço para os beijinhos, e eu reagi:
- "Vou-lhe ensinar um novo tipo de cumprimento! É à maneira, até o presidente Obama usa!
Depois do fist bump, quis os dois beijinhos à mesma.
É continuar a persistir. Primeiro estranha-se, depois entranha-se, já dizia Pessoa.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
O meu conceito de família
Há pessoas para quem os laços de sangue são tudo. Para mim, sangue simples e unicamente pelo sangue é desprovido de valor.
A Família é basilar para mim. Mas, a minha família é aquela que fui construíndo ao longo da vida.
É composta tanto por pessoas que partilham comigo uma herança genética, como por quem foi chegando e ficando por afinidade.
O ponto em comum entre todos é que conquistaram o seu lugar.
Dito assim, até parece que sou alguém de trato particularmente difícil, e não creio que seja verdade. Peculiar, certamente. Difícil, nem tanto assim.
A minha Família é feita de pessoas que me honram pela sua presença, por se quererem na minha vida e me quererem na delas.
Sobretudo são pessoas que me cativaram.
Cativam-me as pessoas que sabem ser afáveis, gentis, carinhosas, generosas, empáticas, verdadeiras, que se querem dar de livre vontade, e não por se tratar de uma obrigação diplomática ou familiar, ou por acharem que vão ganhar algo com isso.
Nas relações não devem existir obrigações, fretes ou hipocrisias.
Não é difícil. Basta cativarem-me uma única vez, e mesmo que fiquemos 20 anos sem nos ver, saberão que a única distância que mata relações é a emocional. Porque para quem soube cativar, mesmo que uma única vez, terão sempre disponíveis um abraço e um sorriso que nunca se extingue.
Tenho sorte. Tenho família de sangue que se soube elevar ao papel de amigo. Tenho amigos que me são família. Marcaram-me pelo que são e pela forma como agem.
No meu conceito de família, embora o meu coração albergue muita gente, as pessoas estão divididas em vários níveis, um pouco como no Inferno de Dante.
O anel exterior é o mais populoso. Nele cabem praticamente todas as pessoas que conheço, com quem não existiu propriamente uma ligação emocional, inclusive alguns familiares que não considero da Família, tipo aqueles que vi para aí uma vez na vida, e que se os vir na rua nem reconheço.
Se têm direito a um lugar, é porque mesmo assim lhes desejo tudo de bom, embora não sinta vontade de aprofundar a relação.
No centro de tudo, cabem muito poucos. Menos de uma mão cheia: os meus pais, o meu marido, e a minha irmã de coração.
Acho que aprendi a ser assim, também por uma questão de geografia. Tirando um par de membros da família, todos os outros se encontravam a centenas de quilómetros de distância.
Ao longo dos anos os papéis tradicionais familiares foram sendo cumpridos por quem estava mais próximo.
Por exemplo, a querida e saudosa Gertrudes, a minha ama de infância, por não me tratar de forma diferente dos seus netos, tornou-se a minha terceira avó. O que não retira nenhum mérito às minhas avós, mas diz certamente muito, (e bem), sobre a pessoa que foi a minha ama.
Tantos amigos que ocuparam o lugar de irmãos mais velhos, de primos. Alguns pais destes que foram uns tios bestiais.
Não desgosto do meu conceito. Tem-me servido bem durante a vida. A sua grande vantagem reside numa espécie de meritocracia, porque não há lugar para quem não nos faz bem, haja ou não laço de sangue.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
coisas que gosto #17: Já conhecem a Família Pereira?
A família Pereira vive em comunidade. Venderam os seus bens, largaram os empregos, e abraçaram um novo estilo de vida.
Trocaram o stress por uma maior harmonia. Após um ano concluem que agora vivem, e que antes, sobreviviam. Confiam no projecto, e em si mesmos, e não se sentem desiludidos.
Com alguns apoios, construíram a Quinta do Lobo Branco, em Penafiel. Para além de ser a sua casa, este espaço funciona também como unidade de turismo rural, onde também se fazem retiros, e se disponibilizam aos hóspedes várias actividades e terapias.
Vejam a reportagem sobre esta Família em Comunidade aqui.
Etiquetas:
alternativas,
comunidade,
gosto,
pessoas,
Portugal
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
A melhor empresa do mundo #2: O transporte de e para a empresa
A quantidade de automóveis que circulam diariamente são um problema.
Segundo dados de 2006, o número total de veículos a circular no nosso país são cerca de 5,6 milhões. Diz-se, igualmente, que Portugal é dos países da Europa com mais automóveis por habitante.
Lisboa e Sintra são os dois municípios com maior densidade populacional do país. O primeiro com cerca de 519 mil habitantes, e o segundo com cerca de 419 mil, (dados de 2005).
Não será então de estranhar que a IC 19 seja das vias com maior tráfego. Aliás, até já foi considerada das mais congestionadas da Europa, para além de ser apelidada igualmente a "mais perigosa" a nível nacional.
Outras vias, como a A5 não são excepção.
Qualquer pessoa que já tenha experimentado qualquer um dos trajectos saberá bem a frustração de estar parado no trânsito a caminho do emprego, por exemplo.
Esta situação é um problema que se reflecte:
- No bem estar do indivíduo. O stress que resulta de vivenciar o trânsito regularmente tem custos para a saúde. Na óptica de interesses das próprias empresas, esse stress afecta perniciosamente o desempenho do trabalhador, como é natural. Outra manifestação são os possíveis acidentes, e as suas consequências.
- No meio ambiente. Pela poluição gerada pela quantidade de gases libertados para a atmosfera. Pelo gasto de recursos finitos como o combustível fóssil.
- Na economia. Cada veículo significa um pacote de custos para o seu proprietário, que engloba desde os custos de aquisição, manutenção, seguro, combustível. Um imenso desperdício quando verificamos que, a bordo de cada automóvel, vai geralmente uma só pessoa.
- No tempo. É um despedício infeliz de vida, (porque tempo é vida), o tempo que cada pessoa passa no trajecto casa-trabalho / trabalho-casa. Chegam a ser horas diariamente.
1 - Não serão os transportes públicos a solução?
Infelizmente, (ainda) não.
Em muitos casos, a nossa rede de transportes públicos entende-se mais propriamente como parte do problema do que da solução.
Há pessoas que não podem abdicar da viatura própria porque não existe transporte público que sirva aquele trajecto, ou porque não há compatibilidade com os horários praticados, ou ainda porque a viagem entre os pontos A e B implicam uma série surreal de transbordos que resultam numa perda inacreditável de tempo.
Quem não tem outra hipótese, conhece esta realidade, para além dos atrasos, greves e afins.
Hoje em dia, os preços dos transportes são também tão elevados que, este torna-se um bom argumento para não abdicar do conforto do próprio automóvel.
Embora sejam muito bons quando comparados com o que existe noutros países, ainda não se tornou possível desenvolver um modelo de transportes públicos suficientemente rápido, dinâmico, eficiente, confortável, de modo a ser visto como uma excelente alternativa ao carro para a maioria da população.
2 - A bicicleta
Nos últimos tempos houve um "boom" em relação ao interesse para com a bicicleta. Indo mais além da prática desportiva, há quem a use como meio de transporte, e nota-se o interesse de mais pessoas em querer usá-la para esse fim.
A bicicleta é o meio de transporte mais barato. Por 500 ou 600 euros adquire-se um modelo bastante decente. Quantia que significa apenas alguns meses de passe dos transportes públicos.
É também o mais saudável, e não polui.
Se não aumenta já de forma exponencial o uso da bicicleta para este fim é porque as empresas não possuem condições para tal.
A melhor empresa do mundo teria um estacionamento para bicicletas.
Onde estariam abrigadas das condições climatéricas, e em segurança.
A melhor empresa do mundo teria balneários completos.
Estes estariam equipados com zona de cacifos, duches, e sanitários.
3 - Mas decerto que nem todas pessoas pensam locomover-se em bicicleta. E as outras?
A melhor empresa do mundo possui um serviço de transporte colectivo para os seus funcionários.
Um autocarro de dois andares transporta simultaneamente cerca de 90 pessoas. Isso significa menos 90 viaturas na estrada, ou tornar disponíveis, para outros utentes e em determinado momento, 90 lugares nos transportes públicos.
Um autocarro de dois andares tem a mesma pegada ecológica que um autocarro de um só piso, que transporta cerca de 40 pessoas. Portanto é uma solução amiga do ambiente.
Significa uma solução económica, porque mesmo que cada trabalhador pagasse somente 50 euros pelo passe combinado dos transportes públicos, (que os há bem mais caros), uma empresa não gastaria 4500 euros por mês neste serviço.
Isto fazendo a conta a 50 euros por apenas 90 trabalhadores. Quanto mais pessoas a utilizarem o mesmo autocarro, maior a poupança.
Significa igualmente menos stress na vida dos funcionários. Como não vão a conduzir podem aproveitar a viagem para relaxar, ouvir música, ler, dormir.
Para os que teriam que andar de transportes, significa o fim das esperas ao sol, chuva e frio, dos atrasos, do perder os transbordos por um par de minutos.
4 - Como gerir os custos destes benefícios?
Reduzir custos é fundamental.
O primeiro passo, em relação aos autocarros do serviço de transporte colectivo de funcionários, é diagnosticar se é mais vantajoso para a empresa a aquisição dos mesmos, ou o aluguer.
Depois, a melhor estratégia para reduzir custos é rentabilizar esses benefícios.
Como?
Vendendo esses benefícios como serviço a outras empresas próximas geograficamente.
No caso do autocarro, significaria colocar à disposição das mesmas, o serviço de transporte colectivo dos seus trabalhadores, mediante pagamento. Praticando um preço per capita competitivo, mas que ainda assim, ajudaria a diminuir os custos com os benefícios que apresentamos aos nossos funcionários. Quem sabe até mitigá-los por completo, e gerar lucro.
Imaginem se todas empresas aderissem a este sistema. Autocarro a autocarro, viagem a viagem, estariamos a retirar centenas, milhares de veículos automóveis das estradas.
Que acham? Gostam da ideia? Gostariam de a ver implementada na vossa empresa?
Etiquetas:
as minhas teorias,
ideias,
melhor empresa do mundo,
projectos imaginários,
recomendo
caixa de ressonância
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
A melhor empresa do mundo #1: O horário de trabalho e a produtividade
Aqui há tempos falei-vos que um dos meus sonhos, (coisa improvável de suceder), que era ter o capital, (grana, pilim, carcanhol), necessário para abrir uma empresa, onde pudesse implementar as teorias que venho desenvolvendo ao longo dos anos sobre as mudanças que acho necessárias para a evolução da sociedade.
Como um estudo científico em ambiente controlado, numa espécie de placa de Petri, que, em caso de sucesso, poderia significar uma inspiração para um novo modelo vigente, quiçá global.
Podem ler o post aqui.
Serve esta nova rubrica para vos apresentar esses conceitos com mais detalhe.
- Na "melhor empresa do mundo", seria instaurado o horário semanal de 30 horas.
-Porquê? Qual a motivação?
Porque nada existe isoladamente no Universo. Todas as acções implicam obrigatoriamente reacções que vão para além de si. As repercussões das mudanças no ambiente laboral ecoam em todos os outros ambientes da vida humana. Deduzo logicamente que, se implementarmos mudanças positivas no universo do trabalho, colheremos frutos positivos nas restantes áreas.
A missão deste conjunto de medidas no ambiente laboral, é a longo prazo, construir um mundo melhor. Começar a fazê-lo em pequenos passos, porque não há que subestimar o efeito borboleta.
- Porquê as 30 horas?
Numa visão mais utópica, talvez possível daqui a 500 ou mil anos, eu defendo um horário de 20 horas semanais. 30 parece-me um meio termo fazível entre o que imagino como ideal, e o que seria possível implementar na nossa realidade.
Na minha visão, uma sociedade verdadeiramente avançada e produtiva, é aquela em que existe um elevado índice de auto-sustentabilidade, em que ninguém está totalmente dependente do salário como hoje em dia.
Para mim, as 20 horas estão longe de significar uma sociedade de gente dedicada ao dolce far niente. Pelo contrário, significa antes trabalhar 4 horas por dia numa qualquer empresa, e ter outras 4 horas diárias para dedicar à produção dos próprios alimentos na horta do agregado familiar, fazer a lida doméstica, participar activamente na educação dos filhos, e apoiar os idosos da família, e ainda poder seguir a sua vocação como segunda ocupação. Imaginem por exemplo, um mecânico de carreira, pintor de vocação; ou um designer cantor, um enfermeiro tecelão.
- Como seria implementado?
No momento da sua contratação, cada trabalhador teria a liberdade de escolher entre três modalidades de horário:
1) Ou trabalha 5 dias por semana, 6 horas por dia.
2 ) Ou, passa a ter 3 folgas semanais. Trabalhando 4 dias por semana, 7,5 horas por dia.
3) Ou ainda existe a opção de intercalar, entre semanas, a modalidade 1 e 2.
- Quais os benefícios para o trabalhador desta prática?
Em primeiro lugar, a liberdade de escolher a própria modalidade de horário de trabalho resulta numa maior harmonia entre o trabalho e as restantes faces da vida da pessoa.
Há que sublinhar que a estipulação das 40 horas semanais e das duas folgas foi um tremendo avanço civilizacional, e uma vitória. Hei-de vos trazer em breve mais sobre este tema, como era a vida antes das 40 horas, o enquadramento histórico, tudo isso.
As 40 horas permitem tripartir o dia em parcelas iguais para o trabalho, o descanso e actividades várias, inclusive de lazer.
Actualmente o ser humano é mais complexo, numa sociedade que também o é.
Como exemplo, se olharmos para os desafios da parentalidade, o passado e o tempo presente apresentam realidades muito distintas. Hoje em dia "cama, mesa e roupa lavada" fica muito aquém do que é exigido aos pais. Espera-se da parte destes uma participação extremamente activa na vida dos filhos, como nunca antes na história da nossa espécie, em casa, na escola, nas actividades extra-curriculares, etc.
E isso requer sobretudo tempo e disponibilidade, que se tornaria uma missão menos difícil com uma diminuição das horas dispendidas a trabalhar.
Em resumo, menor horário de trabalho significa mais tempo para a família, aumentando a qualidade das relações com os filhos, com a cara metade, significando também mais disponibilidade para os pais, para quem essa atenção será tão significativa no seu envelhecimento.
Tempo para si próprio em actividades de auto-realização sejam hobbies, prática desportiva, etc. Mais tempo para a gestão da casa e todas as burocracias da vida moderna.
Tempo para aprender, continuando a sua formação, o que resultará também num benefício para a própria empresa.
- Quais os benefícios para a empresa? Esta não veria a sua produtividade ameaçada?
"Produtividade é produzir mais em menos tempo, com menor custo e maior eficiência."
Estar presente não significa ser produtivo. O mesmo se pode dizer em relação às horas de trabalho: mais não significa melhor.
Felizmente já começam a existir empresas, também por cá, que o percebem.
Que proibem a presença dos empregados após o horário laboral.
Que em vez de aplaudirem aqueles que ficam até tarde, (o que tantas vezes significa dar graxa às chefias ao invés de produtividade, ou uma empresa esclavagista que conta com poucos para fazer o trabalho de muitos), entendem que tal significa que há um potencial problema que necessita de ser diagnosticado e resolvido o quanto antes. Que se interrogam em tal análise porque pessoa X não conseguiu cumprir os objectivos diários nas horas devidas. Objectivos demasiado ambiciosos? Falta de condições na empresa? Falta de know how ou motivação?
Assim se comportam as empresas da nova guarda!
Quando se fala em produtividade são factores como as boas condições de trabalho, a capacidade de motivar os trabalhadores, a existência de comunicação, o limitar a burocracia a um mínimo, a existência de infraestruturas e ferramentas adequadas, formação e know how, salutar ambiente de trabalho e a boa organização e gestão que contam.
Como empreendedora, consideraria o horário de 30 horas, um excelente investimento que me traria como retorno trabalhadores felizes, motivados, e dispostos a dar o seu melhor.
Que acham?
Etiquetas:
as minhas teorias,
ideias,
melhor empresa do mundo,
projectos imaginários,
trabalho
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Coisas que me irritam #13: Morra o telemarketing e o d2d! Morra! Pim!
Hoje quedo-me em remorsos e embaraçada pela minha conduta de ontem.
Acontece-me sempre que perco as estribeiras, que me salta a tampa. Mas, bolas, por vezes parece que não descansam enquanto isso não acontece!
O que só contribui para me deixar ainda mais irritada, porque sinto que de alguma forma me forçaram a passar da marmita.
Eu explico.
Tenho uma tolerância incrivelmente baixa para com acções de telemarketing e porta à porta, porque considero estas práticas tão invasivas quanto um exame à próstata.
Um dos motivos é que um dos traços mais marcantes da minha personalidade é não gostar de me repetir, e sobretudo não achar piada nenhuma a que não façam caso daquilo que digo, aquela sensação de estar a falar para uma parede. Neste caso é ainda mais grave porque parece que sou obrigada a aceitar que me invadam o domícilio e o telefone pessoal, o que não admito.
Em minha defesa garanto que no contacto com entidades comerciais estou sempre a frisar que não autorizo que os nossos números sejam usados para esse fim. O que equivale a não dizer coisa alguma e isso enfurece-me.
Também já tentei, ínúmeras vezes e usando o melhor comportamento, atender o telefone e a porta, e pedir ao comercial que ouça o meu pedido com muita atenção, e que tome as medidas necessárias para retirar o meu número ou morada da lista de contactos. Igualmente, o meu pedido é ignorado vezes sem conta. Literalmente como falar com uma porta!
Ao longo de uma meia dúzia de anos, a quantidade de comerciais que já vieram bater à porta aproxima-se, sem qualquer exagero, da meia centena.
É um ciclo que, para mal dos meus pecados, se repete. Quando me passo da marmita ficam um par de meses sem dar à costa. Depois reaparecem.
E no início de cada ciclo eu recito uma espécie de mantra antes de abrir a porta: que são pessoas como eu, que estão a fazer pela vida, que é um trabalho de merda, que trabalhar à comissão é contra a ética e a moral, e eu vou despachá-los de uma forma cordial, com um sorriso genuíno e um aperto de mão.
E no primeiro par de visitas consigo fazê-lo, e sinto-me bem por isso. Afinal que me custa perder meia-dúzia de minutos, mesmo que tenha o jantar ao lume e não me apeteça nada estar a ouvir as mesmas tretas, sobre o mesmo produto, pela centésima vez?
O trato com base na empatia e na cordialidade é fácil quando a postura da pessoa que se nos apresenta é "normal". Quando tem o bom senso de não insistir quando percebe que o interlocutor não está interessado.
Mas esses, pelo que pude apurar das minhas experiências, são a excepção.
A maioria insiste e persiste, fala por cima, atropela, faz ouvidos moucos e continua a debitar o discurso. Percebe-se claramente que ali há a convicção que hão-de conseguir vencer pelo cansaço. E acabam por levar o troco na exacta medida.
Alguns, mesmo depois de avisados que não existe qualquer interesse, que pelo amor da santa retirem a nossa morada do circuito, que escrevem uma nota no bloco que carregam sobre isso, chegam a voltar no dia seguinte. Esses levam o "quase-pior" de mim.
Há uns tempos, espreitei pela janela quem tocava à campainha do prédio, e quando vi que se tratavam dos mesmos comerciais do dia anterior, passei-me do tipo:
- "Podia abrir a porta?"
- "Não! Só podem estar a gozar! Dois dias de seguida?! Mas que merda é esta? Tenho que gramar convosco todos os dias? Eu já disse ontem o que tinha a dizer, que é não, agora ponham-se a andar!"
Fui dura? Rude? Exagerada? Temos pena! Mas pelos vistos não o suficiente porque continuam a voltar.
Viessem somente uma ou duas vezes por ano, para verificar se o meu interesse em relação ao produto se havia alterado, e nem levaria a mal.
Após uma semana de chamadas por parte de um número "disfarçado como número de telemóvel", que andava a melgar o marido, para o qual era impossível ligar de volta porque dava um aviso qualquer, que me desligou uma vez na cara.
Após baterem à porta o par de pessoas mais despreparadas que já vi na vida, que diziam vir da parte da EDP, que nem se sabiam explicar mas que sabiam ser insistentes, enquanto fazia o jantar, a meio da refeição toca o telefone.
Óbvio que já ia inflamada quando agarrei no aparelho. "Estou? Tou? TOU?" - Nada. Começa-me então a sair uma catadupa de impropérios, quando ouço uma vozinha masculina do outro lado, que se identifica.
Mas já é tarde demais, eu sou um foguete com o rastilho já aceso, e só consigo repetir, num tom quase histérico que já tinha pedido que não contactassem aquele número para telemarketing. A vozinha desculpa-se e despede-se. E eu livro-me do homem mas não dos remorsos.
Furiosa. Por que me irritam a este extremo?!
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Sintra: MU.SA - Arte em Traços de Luz
Assim foi o fim de semana passado em Sintra:
"A Câmara Municipal de Sintra organiza o espetáculo de multimédia Arte em Traços de Luz, produzido pela VisionOnset, na fachada do MU.SA Museu das Artes de Sintra, nos próximos dias 26 e 27 de setembro, 3 e 4 de outubro.
O espetáculo, com uma duração de 7 a 12 minutos, repetido a cada meia hora, durante o período das 21h30 às 23h30, tem como objetivo promover a cultura e o turismo, integrado nas comemorações das Jornadas do Património.
Trata-se de um espetáculo onde as projeções de luz, cor e metamorfoses ilusórias, representam os artistas do desenho, da pintura e da escultura, com traços dançantes e brilhantes que procuram transmitir sentimentos dos autores aos espetadores.
Haverá também uma Mostra de Artes Pluridisciplinares ao longo da Av.ª Heliodoro Salgado, onde estarão presentes artesãos, artistas plásticos, entre outras áreas artísticas."
(retirado da página da CMS)
Estive presente e posso corroborar que foi um sucesso.
Não somente pelo espectáculo de multimédia per se, cuja utilidade maior foi inegavelmente o seu papel de chamariz, mas por tudo o que se gerou a partir daí.
Como munícipe sintrense agradou-me sobremaneira ver as artérias circundantes do Museu das Artes de Sintra com vida, num horário em que habitualmente estão completamente desertas.
Eram percorridas por muitas pessoas, muitas famílias com crianças de todas as idades, num ambiente animado mas tranquilo.
Algum comércio manteve as portas abertas para além do horário habitual, e foi tremendamente bom ver as esplanadas montadas e poder usufruir das mesmas àquela hora.
Até a rua pedonal foi usada exactamente com esse propósito, albergando várias bancas de artesãos.
O Museu teve as portas abertas, encerrando temporariamente para cada uma das sessões do espectáculo. E eu que gosto tantos de museus, digo-vos que é uma sensação fantástica partilhar uma visita com tanta gente. Assim deveriam estar sempre os nossos museus!
Para quem não conhece, visitem o MU.SA, vale a pena!
Actualmente alberga as colecções Dórita Castel-Branco e Emílio de Paula Campos, Lab. Arte, Sintra na Arte da Paisagem, Arte figurativa e Arte Abstracta.
Vejo este evento com um óptimo começo de uma melhor relação entre os cidadãos e o espaço público.
coisas de jogar #4: Jade Empire
Jade Empire
Este é saído do baú, mas como o guardo na memória como um dos Rpg's que mais me deu prazer jogar, tinha que o trazer.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Adenda ao post anterior, ou enquanto a loucura não passa...
Vou oferecer uma embalagem deste produto "tripla acção" à senhora das limpezas, para que ela desinfecte as áreas comuns do prédio. Não parece muito estranho, certo?
Certamente não tão estranho quanto a vontade (enorme) que me está a dar de andar a distribuir embalagens de limpador desinfectante pelos estabelecimentos dos quais sou cliente habitual.
Coisas de uma virginiana: Tripla acção
Não sou a melhor dona de casa do mundo, nem alimento pretensões de algum dia o ser.
Defendo que uma casa deve estar limpa e arrumada, mas sem fanatismos. Alguma bagunça é saudável, sinal que não se trata de um museu mas de uma casa, onde até vive gente, e com coisas bem mais interessantes para fazer do que andar a limpar e a arrumar a todo o momento. Como em tudo na vida, é uma questão de encontrar o equilíbrio.
A lida doméstica é uma rotina incessável composta por mil e um labores. Exige esforço, dedicação, saber, e chegar ao fim da lista de tarefas significa recomeçar tudo de novo.
A cereja no topo do bolo é o facto de um trabalho bem feito passar ao lado facilmente, enquanto a falta de dedicação é prontamente notada.
Contudo, a virgiana em mim entusiasma-se quando descobre um novo produto de limpeza.
Ontem dei com um que prometia uma tripla acção: bactericida, fungicida e virucida. Sem cloro nem lixívia, e pode ser usado em tudo desde cozinhas, sanitários, electrodomésticos, colchões, sofás e por aí fora.
No momento em que lia o rótulo do frasquinho milagroso, onde se promete erradicar com eficácia todos os micróbios, e matar sem piedade o herpes, vírus Influenza H1N1, Salmonella, Listeria entre outros, senti o meu lado virginiano a vir ao de cima com todo o ímpeto. Ah, se me vissem a sorrir naquele corredor de produtos de limpeza!
Entre ontem e hoje já se foi metade da embalagem.
Foram bancadas e armários de cozinha. Também não resisti a utilizar no chão. Foi em todo o wc. Em todas as torneiras e em vários acessórios como a tábua de cozinha. Funciona que é uma beleza nas juntas dos azulejos.
De seguida irão as maçanetas, os teclados dos pc's, os caixotes de lixo, os telefones e tudo o que me lembrar! Vai ficar tudo desinfectado e com cheirinho a eucalipto.
Confesso que estou em modo desvairado. Às vezes acontece. É que tenho um fraquinho por bactericidas. Sendo este "tripla acção", o entusiasmo foi tanto que a Mrs Hyde virginiana tomou conta da situação.
Por mim, instaurava já o uso disto em todo o lado, desde cafés e restaurantes, a escolas, locais de trabalho, wc's e transportes públicos!
Etiquetas:
dona de casa,
Mrs Hyde,
recomendo,
virginiana
caixa de ressonância
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Em forma de comemoração do 5 de Outubro...
... fica aqui este "Môce dum Cabréste" a falar de "identidade colectiva".
Etiquetas:
cromices,
efemérides,
opiniões,
pensar,
Portugal
Assim sim!
Não é que seja uma pessoa pessimista, que não sou! Pelo contrário!
Mas quando se trata de burocracias, as experiências passadas fazem com que sempre que tenha de tratar de alguma coisa neste campo, vá munida do máximo de paciência possível e esteja preparada para "tirar as coisas a ferros", mesmo aquelas que na teoria parecem tão simples e básicas.
Hoje aconteceu exactamente o oposto.
Tinha que pedir a 2ª via de um cartão. Antes de ligar para o número de assistência ao cliente montei o estaminé: bloco de notas, lápis, cartão do cidadão, e outra documentação. Gosto de estar sempre preparada.
Marquei o número, e quando passei aquelas fases de triagem electrónica tipo "para X marque a tecla 1", e fui atendida por uma pessoa "real", o meu assunto foi tratado num simples minuto. Um minuto!
Estou com um sorriso de orelha a orelha. Ah, se fosse sempre assim!
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
cromices #49: Report da frente de combate
"Deslarga-me mosca do caraças! É desta! Acabou-se! Tenho aqui uma embalagem de dum dum e estou mesmo quase, quase a usá-la! Mesmo quase! Ouviste bicho do demo?!"
coisas da casa #10: Maquineta mai linda da dona!
Tenho a mania de falar com os electrodomésticos, maquinetas e gadgets cá de casa.
Facilitam-me a vida, e muito! Portanto o mínimo que lhes posso dar em troca é um incentivo verbal do tipo "bichinha mai linda da dona".
Acho que vivemos numa época bestial no que toca a comodidades. Já tentei imaginar como seria a vida de qualquer um de nós sem aqueles aparelhos que tomamos por certos e fazem parte do essencial da grande maioria das casas. O resultado é uma maior apreciação por todos eles.
Já imaginaram como era a vida antes da invenção da casa de banho como a conhecemos hoje?!
Antes da nossa época, (e não é preciso retroceder assim tanto no tempo), as cidades eram imundas, cheias de dejectos e doenças. Até os romanos tinham uma divindade, (não me recordo agora do nome), a quem rezavam para que levasse os dejectos para longe.
Ou ainda a vida sem máquina de lavar roupa, sem frigorífico, ou fogão?! Impensável não é?
Há maquinetas que dispenso, como a máquina de lavar louça ou o micro-ondas, mas nunca a máquina de secar.
Cá em casa o estendal é micro. De tal forma pequeno que para estender um jogo de lençóis, tinha que dobrá-los muitas vezes para caberem no dito.
(É graças a estes pormenores que digo que muitos arquitectos e pessoas da construção, deveriam viver nas casas que constroem para terem uma real noção do que é necessário, e de onde falharam.)
Eu sei que uma máquina de secar roupa não se pode considerar parte do "pacote básico" dos essenciais a ter em casa, e que faz mais jeito a uns do que outros.
A mim fez-me um jeitão! Que isto de ter que andar a secar uma máquina de roupa aos bochechos não está com nada, dependente do clima e completamente à mercê dos vizinhos, de estes estenderem roupa a escorrer exactamente por cima da nossa, acabando por encharcar o que estava quase seco.
Por isso e muito mais, não demorou muito tempo até adquirir uma máquina de secar.
Não é perfeita, consome bastante energia como é óbvio, e como tal não é o brinquedo mais amigo do ambiente. Mas dá-se uma no cravo e outra na ferradura. Só sei que não a dispenso: trouxe-me paz e descanso, independência em relação ao clima e aos vizinhos, é excelente em caso de emergências pois permite-me ter uma qualquer peça lavada e pronta a usar num espaço de horas, e nunca mais estive à janela, a resmungar enquanto pendurava meias no estendal, que é coisa para me enlouquecer de tarefa tão repetitiva e improdutiva que é.
cromices #48: A nova história de Davi e Golias
Ou de como uma mosquinha tão pequena consegue ser tão, mas tão chatinha!
Bolas!
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
coisas que gosto #16: Pelo regresso dos Alfaiates e das Modistas
Para a maioria das mulheres que conheço ir comprar roupa é actividade prazeirosa.
Eu gostava de ser assim, a sério, mas por algum motivo qualquer, ir à caça de trapos sabe-me quase sempre a obrigação.
Imaginemos que preciso de mais um par de calças. É rezar para que a minha busca seja bem sucedida na primeira meia-dúzia de lojas, porque simplesmente não tenho pachorra para repetir aquele ritual de pairar pela loja, escolher, despe-veste-despe-volta a vestir muitas vezes.
O pior por vezes é sentir que a moda da estação não nos diz nada, que não é para nós. Que na realidade só queriamos encontrar aquela peça básica que já conhecemos e nos agrada, sem frufrus nem rónhónhós e que desapareceu por completo do universo trapeiro.
Usualmente tenho a sensação que a peça perfeita seria uma espécie de monstro do Frankenstein, feito das partes de muitas peças, que em si só não me convencem nem cativam.
É que existe ciência, e é necessária perseverança, no acto de escolher aquilo que assenta bem, que tem bom cair, que tem uma boa relação qualidade / preço.
Quando se trata de ir comprar roupa, confesso que o meu momento favorito é acompanhar o marido na aquisição de fatos novos.
Gosto mesmo daquelas lojas pequenas, de décor masculino e clássico, que os painéis e prateleiras de madeira polida tornam acolhedoras. Onde nenhum fato sai sem sofrer as alterações necessárias para se fazer perfeito para aquele corpo, e que por isso fazem lembrar as alfaiatarias, mais comuns noutros tempos.
Nesse aspecto tenho inveja dos homens.
Imagino a loja perfeita para mim, a que me daria prazer ir, e parece algo de tempos idos.
Eu sou pelo regresso dos alfaiates e das modistas, da sua mestria e do seu brio. Quero entrar numa lojinha e tocar amostras de tecidos, folhear calhamaços de modelos, escolher exactamente o que quero e ter uma peça feita para mim, para o meu corpo.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Bucket list #5: A melhor empresa do Mundo e arredores
Tenho imensos sonhos. Muitos deles são inconcretizáveis até ao dia em que, por um golpe de sorte de outro mundo, me venha parar às mãos um senhor jackpot do euromilhões, ou algo assim.
Há uma imensidão de pessoas para que dizem que se dedicariam ao dolce far niente caso lhes saísse a sorte grande.
Como de costume, eu sou como o salmão - nado contra a corrente.
Adoraria, (mesmo a sério), ter a capacidade financeira para poder testar as minhas teses, as ideias que vou tendo, nas quais acredito e que, por enquanto, não podem passar da forma abstracta.
Uma delas é a construção, de raíz, da que seria "a melhor" empresa do Mundo!
Eu sei, dito assim parece no mínimo descabido, uma parvoeira. Deixem-me explicar melhor:
A "melhor" empresa do Mundo defino-a não só como sendo a fabricante de um produto ou prestadora de um serviço bestial, mas aquela que se preocupa como nenhuma outra o fez até agora com o Índice de Felicidade no Trabalho, que se preocupa com o tamanho da sua Pegada Ecológica, e tem como missão gerar valor na sociedade, a começar pela comunidade onde está inserida.
Ser pioneira no mundo, fazer chegar ao mercado embalagens de produtos com um selo de garantia "aqui trabalham pessoas felizes". Inspirar outros a caminhar nesse trilho! Até sinto borboletas no estômago só de pensar nisto, caramba!
Como virgiana, e sendo estas ideias o meu legado, é claro tenho uma descrição muito mais detalhada sobre isto, que depois partilharei convosco.
Oh, Euromilhões onde andas tu?!
Subscrever:
Mensagens (Atom)