domingo, 7 de dezembro de 2014
Vida de cão #4: A primeira semana
Hoje faz uma semana e um dia que fomos buscar o Kiko.
E tanto que aconteceu em oito dias!
Na quinta-feira fomos à clínica veterinária levar a segunda dose das vacinas, e do desparasitante interno.
Aproveitei a viagem e já foi microchipado. Tudo certinho.
Levei-o com coleira e trela, mas ao colo, enrolado numa toalha de praia.
Tremeu pelo caminho, talvez num misto de medo e frio, mas quando chegámos não demorou muito a querer deambular, cheirar e conhecer todos os cantos, de cauda alçada.
Mostra bom temperamento, curiosidade e é, até ao momento, sociável com todas as pessoas.
Acho que ajudou o facto de ter levado no bolso do casaco um daqueles sacos para sanduíches com alguns pedaços de ração, para lhe ir dando.
Sem dúvida que ajudaram na hora de o fazer engolir o comprimido desparasitante. Apetecia-lhe mais brincar com ele do que comê-lo, mas misturado com alguns pedaços de ração a coisa foi, sem dramas. Inclusive, os tais pedacinhos tiveram o efeito mágico de fazer passar rápido o trauma do implante do microchip.
Um daqueles momentos em que a experiência de ter cães e gatos difere como do dia para a noite.
Ele está óptimo. Pesa 3kg certinhos. Apenas tem a pele um bocadinho vermelha, fruto do circo de pulgas que trazia no lombo.
Há-de passar rápido, visto que também lhe demos a pipeta para matar essa bicheza toda no próprio dia em que o trouxemos para casa.
Todos os dias puxamos por ele, tentamos ensinar-lhe novos truques e comandos. Ele é rápido a aprender e nota-se que gosta de o fazer.
Já senta, já fica, de vez em quando o jogo em que atiramos a bola e ele a devolve também funciona, já anda de trela ao nosso lado esquerdo, e até já resolvemos a questão da copofragia, que para quem não sabe é o acto dos animais comerem as fezes.
Não é tão nojento quanto parece, nem o bicho sofre de nenhum problema mental.
O que acontece é que na natureza as mães comem as fezes das crias para que os predadores não sejam atraídos pelo cheiro. As crias podem, naturalmente, demonstrar a tendência para as imitar.
Foi fácil de resolver com a ajuda de uns pedaços de ração. Aproveitando os momentos em que ele fazia um cócó, pedia-lhe para focar em mim e não na caca. Como recompensa, um croquete.
Num par de vezes perdeu essa mania.
Hoje foi pela primeira vez à rua. Uma voltinha muito rápida, sempre ao colo, para conhecer pessoas, habituar-se aos sons e cheiros.
Infelizmente, passeios a sério, só em Janeiro.
Segundo o conselho das veterinárias, ao que parece deram-lhe as primeiras vacinas demasiado cedo.
Como resultado podem não ter tido o efeito pleno desejado porque os anti-vírus do leite materno combatem tudo, inclusive o que é injectado na vacina.
Então vamos jogar pelo seguro, e esperar pela terceira dose para as idas à rua, e contacto com outros animais. O seguro morreu de velho, e andam por aí umas estirpes manhosas de parvovírus.
Chichis e cócós no resguardo que existe para o efeito é que nada ainda. Havemos de chegar lá.
O balanço da primeira semana é muito positivo, o que trará a próxima?
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