terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Ano novo...


… cabelo novo.

Nos últimos anos deu-me para deixar crescer o cabelo. Simplesmente apeteceu-me.
Acabei por ficar com uma juba comparável, sem exageros, à da Vénus de Botticelli, visto que me cobria totalmente as costas.
E é giro ter cabelos extra-longos, brincar com eles, entrança-los, mas com o passar do tempo dar-lhes a manutenção devida começa a ser uma maçada. Só o gesto básico de pentear é algo para durar uns vinte minutos: primeiro, de cabeça para baixo, soltando e desembaraçando gentilmente os fios de cabelo com os dedos; depois aplicando um creme e penteando-os com um pente de madeira de dentes largos.
A lavagem passa a meia-hora entre aplicar shampoo, creme hidratante, amaciador, e massagens e enxaguamentos entre cada operação.

Então, há um par de dias, estava eu a olhar para o frasquinho de creme de pentear e para o meu pente especial de corrida, quando decidi que era dia de tirar umas férias capilares.

Cortei-o, mais coisa menos coisa, pelos ombros.

A sensação de ausência de peso é indescritível. Perder tanto cabelo de uma só vez dá um pouco aquela sensação de membro fantasma.

Se acreditarmos em rituais de entrada no ano novo, espero que esta sensação de leveza seja um bom mote e prenúncio para o que me espera em 2019. Acho que precisamos todos de um pouco de leveza nas nossas vidas.


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