sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
cromices #115: O cusco
A família Fukushima é de tal forma sui generis que me dão material e inspiração para horas de escrita, se assim o decidisse.
Ontem à noite, durante um cigarro, reparei, (era de tal forma óbvio que era impossível não reparar), na figurinha do pai a espreitar pelos buracos dos estores.
Não, não tenho visão raio-x nem outro qualquer superpoder. É que o homenzinho estava a fazê-lo com os estores fechados apenas dois terços e a luz acesa, tratando-se de um caso de "gato escondido" com a barriga de fora.
Efectivamente consegui ignorar a cena peculiar durante o cigarro, mas ficou-me engasgada a vontade de lhe dizer algo como "Oh homem, já que insiste em espiar a vizinhança, faça a coisa como deve ser, caramba!"
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